POR ANA PAREDES CARDOSO - Historiadora da Arte.

A igreja abrantina de S. João apresenta um revestimento parietal da capela-mor de azulejos azul e branco de caixilho simples, de produção lisboeta dos inícios do século XVII1. Quanto a S. Vicente exibe nas naves e empenas dos topos desta azulejaria de tapete de padronagem policroma com as respetivas guarnições, e cinco painéis iconográficos inscritos na malha do tapete. Este conjunto é também de produção lisboeta datado dos meados de seiscentos2.

As duas igrejas paroquiais abrantinas apresentam outros núcleos azulejares seiscentistas, bastante vulgares de padrão para tapete. No entanto, não descurando o seu valor para a azulejaria em Abrantes, não serão aqui desenvolvidos.

Na igreja de S. João o revestimento azulejar mais rico coincide com a área onde se verifica um acentuado decorativismo dado pelo trabalho em pedraria lavrada na capela-mor. Do mesmo modo, em S. Vicente, os azulejos de padrão revestem as paredes colaterais do templo contornando, valorosamente, com as suas cercaduras e frisos (uma especificidade desta região), os seis altares em pedraria, três de cada lado das naves, enriquecidos com talha dourada3.

OS AZULEJOS DE CAIXILHO SIMPLES DA IGREJA DE SÃO JOÃO BAPTISTA: A ENCOMENDA

Os azulejos de caixilho simples da capela-mor de S. João constituem um investimento decorativo resultante da campanha de obras sob ordem de Filipe I. Data de Julho de 1584 a celebração do primeiro acordo que deu origem ao templo atual — o contrato e obrigação dos seus mordomos com Pero Sanches4, onde já estava presente a intenção decorativa do revestimento azulejar do templo.

As dificuldades financeiras da comissão fabriqueira de S. João, ficaram claras no arranque das obras e certamente terão contribuído para o abrandamento dos trabalhos, que acompanhou todo o processo de reconstrução e melhoramentos do templo5.

A PRODUÇÃO

Os azulejos de caixilho simples de S. João correspondem ao ciclo produtivo dos inícios de seiscentos, altura em que as organizações decorativas geométricas, já firmadas na segunda metade do século XVI, atingiram verdadeira expressão de monumentalidade, particularmente, nos edifícios religiosos.

Em relação aos centros de produção, muito embora não tenhamos provas documentais que nos revelem a proveniência destes azulejos monocromos, consideramos que terão sido produzidos, muito provavelmente, num dos principais centros de produção cerâmica lisboetas6.

As razões desta nossa afirmação fundamentam-se, no facto de Coimbra, outro importante centro cerâmico do país, ter iniciado a sua produção apenas na segunda metade do século XVII. E o Porto, embora tenha tido produção de azulejaria em seiscentos não está confirmado que tenha fabricado faiança7.

Do ponto de vista da técnica de fabrico as composições caixilhadas surgiram como resultado de um processo evolutivo das primeiras experiências portuguesas realizadas com a técnica da majólica (composições xadrezadas).

Esta azulejaria impõe uma separação em dois campos distintos: a produção e a aplicação. Relativamente à produção o processo era simples e por isso barato. Para além dos azulejos monocromos entrava também o fabrico de estreitas tarjas intermédias e pequenos quadrados complementares, com os quais se obtinham ritmos diagonais. Em contrapartida, o processo de aplicação encarecia o produto, pois o trabalho era mais complexo e moroso exigindo mão-de-obra qualificada de ladrilhador. A estes artífices anónimos se deve a criação de esquemas decorativos ignorados noutros países, tal como são as composições de caixilho observadas na capela-mor de S. João de Abrantes8.

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Igreja de São Vicente

A CARACTERIZAÇÃO FORMAL

Embora na azulejaria dita de caixilho a intenção decorativa seja abstrata ela não é menos rica da que observamos na azulejaria figurativa. O efeito destes exemplares resulta da compreensão de dois conceitos - a escala e ritmo - e no modo como estes foram integrados na arquitectura9.

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Na observação do conjunto apercebemo-nos que os ritmos diagonais impostos pela colocação dos azulejos de caixilho contrariam as linhas horizontais e verticais da arquitetura. Este efeito intencional pretende promover uma dinamização do espaço interior. No mesmo sentido de dinâmica espacial foi também utilizado uma escala de caixilho maior, nas paredes superiores da capela-mor; e uma escala de caixilho reduzida, nos espaços estreitos das portadas laterais e paredes inferiores da capela-mor. Por outro lado, o uso de cercaduras retilíneas a limitar a referida sucessão de escalas e a contornar os elementos arquitetónicos, (como é o caso do arco da porta do lado de Evangelho), constituem um fator determinante da integração do azulejo no espaço observado.

Em suma, na igreja de S. João Baptista o efeito zahara decorativo dado pelos azulejos de caixilho integra julho 2007 n°9 o ambiente artístico de “forte sentido cenográfico”, g8 que como afirmou Vítor Senão constituiu “uma solução de periferia” à margem das correntes “chãs” dominantes10.

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O AZULEJO DE TAPETE DA IGREJA DE SÃO VICENTE A ENCOMENDA

Os azulejos de tapete que revestem as naves do templo de S. Vicente são resultado de uma campanha de obras ordenada por D. Sebastião. Este monarca passou uma provisão mandando aplicar os rendimentos de todas as confrarias e uma finta anual pelos moradores da freguesia que seria lançada em 157711.

A paróquia de S. Vicente, comparativamente com a paróquia de S. João, era mais pequena em rendimentos e fregueses, ainda assim, no texto de resposta ao interrogatório de 1758 a sede de paróquia integrava: seis Beneficiados, duas Irmandades e três Confrarias12. Estas associações locais, movidas pelas suas crenças e devoções na fé católica, demonstraram grande empenho no projeto de reconstrução e investimento decorativo do templo, em nítida concorrência na qualidade artística com a sua paróquia rival - S. João Baptista13.

A última empreitada que concluiria as obras no templo data de 162014. Porém, tal como verificámos na sua paróquia rival, o ritmo dos trabalhos deveria ter sido lento. E, por conseguinte, os mordomos de S. Vicente tiveram de aguardar pelos meados de seiscentos para embelezarem as naves do seu templo renovado15.

Por fim importa referir que os painéis iconográficos inscritos na malha do azulejo de tapete pressupõem uma encomenda especial. Com efeito, para além da intenção decorativa, assinalam uma vontade de carácter devocional própria de uma instituição16. Os dois painéis emblemáticos de S. Vicente terão sido encomendados, muito provavelmente, pelos oficiais da confraria do orago existente na igreja17. Quanto aos dois painéis das Almas no Purgatório e ao painel do Arcanjo S. Miguel são muito comuns nas confrarias das Almas e de S. Miguel.

A PRODUÇÃO

Os azulejos de S. Vicente estão datados, por Santos Simões, de cerca de 165018. Correspondem, portanto, ao período de grande produção de azulejaria de padronagem para tapete em escalas monumentais e ao aparecimento dos primeiros painéis iconográficos para aplicação na malha do tapete19.

Atendendo a pormenores de ordem técnica atribuímos a produção destes azulejos a uma oficina lisboeta. As razões da nossa afirmação fundamentam-se nas diferenciações, já estipuladas por especialistas, que caracterizam e distinguem a azulejaria produzida nas oficinas de Lisboa da produção das oficinas de Coimbra ou do Porto, (com a ressalva que o Porto está desde já excluído por nós, pois a sua produção teria tido o seu início apenas no século XVIII)20. Um dos aspetos de diferenciação que nos apoiámos tem que ver com as dimensões dos azulejos, Lisboa distingue-se pelos seus exemplares de dimensão ligeiramente maior. O segundo, talvez o mais importante, diz respeito à qualidade da produção concretamente aos esmaltes. Enquanto que nos exemplares de Coimbra é visível a rudeza do fabrico, quase sempre, no esmalte amarelado e no azul cobalto enegrecido e duro. Numa observação atenta aos exemplares de S. Vicente concluímos que estas características não se verificam, pelo que, e atendendo às boas relações comerciais que Abrantes mantinha com Lisboa, levou-nos a considerar a possível proveniência dos exemplares de uma olaria lisboeta.

Relativamente aos artesãos da produção dos meados de seiscentos continuam a ser homens de formação pouco erudita, que continuam os ritmos diagonais experimentados nas composições de caixilho, (referidos a propósito da igreja de S. João), agora com a azulejaria de padrão para tapete. A mestria destes artesãos ficou expressa nos painéis figurativos de pincelada ingénua que se encontram integrados na malha do azulejo de tapete. A importância destes painéis no quadro da produção reside no facto de estes testemunharem os primeiros ensaios de artífices humildes na arte da pintura figurativa em azulejo21.

A CARACTERIZAÇÃO FORMAL

 

As naves da igreja de S. Vicente apresentam um revestimento de 68 azulejos de altura de padrão policromo azul e amarelo em fundo branco que se repete regularmente dando origem à composição decorativa de tapete22.

O padrão é formado por quatro azulejos, dois por dois a dois (2x212), ou seja, dois dos quatro azulejos são simetricamente o inverso dos outros dois. Os ritmos no tapete conseguido por padrões de 2x2/2 formam linhas verticais e horizontais anulando por completo as linhas diagonais. Talvez esta seja a explicação para o facto dos padrões de 2x2/2 não terem tido grande aceitação, aparecendo por um período curto 1650-166023.

Quanto à temática central pertencem a um conjunto numeroso de exemplares por todo o país que têm no centro principal de rotação um florão quadrifoliado.

azulejo3

Estes azulejos de tapete, como toda a azulejaria de padronagem de repetição, destinavam-se à decoração abstrata. Não nos é possível, portanto extrair uma mensagem subjacente. Efetivamente, a intenção decorativa do tapete prende-se com o modo como o azulejo foi entendido em Portugal, enquanto revestimento parietal intimamente articulado com a arquitetura. E é nesta forma de criar envolvimentos visuais totais que entra o papel fundamental das guarnições para tapete. Nas guarnições que emolduram os tapetes e contornam os elementos arquitetónicos de S. Vicente temos os frisos ditos de cadeia, que foram os mais vulgares; e as cercaduras designadas de grifos, também bastante frequentes na azulejaria de seiscentos24.

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As cercaduras de temática figurativa como é exemplo a cercadura de grifos expressam a fantasia dos azulejeiros em soluções cada vez mais variadas.

Por último, por cima das antigas portas laterais do templo de S. Vicente inscritos na malha do azulejo de tapete existem cinco painéis iconográficos. Na nave colateral do lado do Evangelho encontram-se dois painéis emblemáticos de 6x6 azulejos, cada um com a figuração de uma nau com a cruz de Cristo ladeada por dois corvos.

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Em termos pictóricos temos em fundo branco a figuração de uma nau muito bem conseguida, embora a representação da navegação em mar alto seja um pouco ingénua devido ao fraco domínio das noções de perspetiva. Os dois painéis com as naus evocam o orago do templo narrando um episódio da vida do Santo. Trata-se da trasladação das relíquias do mártir em 1173 do Cabo de São Vicente para a Sé de Lisboa, por Afonso Henriques. Em Abrantes reza a tradição ter nessa altura o primeiro alcaide-mor abrantino trazido de Lisboa para esta vila uma relíquia do dito Santo, um dente, e do mesmo modo, se teria dedicado a igreja abrantina a S. Vicente25. A navegação fúnebre de S. Vicente escoltado pelas aves sagradas ficou pintado em azulejo como memória dessa trasladação e da relíquia.

Na nave colateral sul existem três painéis: dois emblemáticos de 4x4 azulejos, onde figura as alminhas no purgatório; e um painel hagiográfico de 5x3, com o arcanjo S. Miguel.

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Nos painéis das alminhas observamos as labaredas do purgatório que engolem as almas figuradas de mãos postas. Em termos pictóricos a coloração bastante forte simboliza um lugar de dor e a figuração humana muito estilizada define a natureza das almas. Do ponto de vista temático a iconografia das alminhas no purgatório tem que ver com a visão do Juízo Final. No texto bíblico do Juízo Final do Evangelho de S. Mateus, os fiéis aparecem divididos em dois grupos. Posteriormente, esta visão seria complexificada pelo aparecimento de um terceiro grupo formado pelas almas, cujos pecados ainda não tinham sido inteiramente perdoados e necessitavam de penitência no purgatório26.

Entre os dois painéis das alminhas que acabamos de referir, encontra-se o painel com o arcanjo S. Miguel, cuja função narrativa se articula com os painéis das almas. Em termos pictóricos a coloração mais suave, apenas a azuis e amarelo, remete-nos para uma presença divina — o arcanjo S. Miguel — figurado no centro da composição a receber as almas dos mortos. O arcanjo S. Miguel aparece num trecho do Apocalipse de S. João sobre a guerra dos céus que termina com a queda de Satanás esta passagem contribuiu para ser honrado como capitão das hostes celestiais e protetor dos cristãos27.

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Em suma os painéis iconográficos de S. Vicente mostram como o azulejo serviu também de suporte a uma catequização por imagens que seriam facilmente identificadas pelos crentes.

BIBLIOGRAFIA ESPECÍFICA

A.N. T. T., Memórias Paroquias de 1758.

CAETANO, Joaquim Oliveira,” Em busca de uma iconografia portuguesa”, in revista Oceanos n.° 35, Julho/Setembro 1998, pp.68-76.

CAMPOS, Teresa, Normas de inventário, Cerâmica de Revestimento, Artes Plásticas e Artes Decorativas, Lisboa, cd. Instituto Português de Museus, 1999.

DURAND, Gilbert, Imagens e Reflexos do imaginário Português, ed. Hugin, 2000.

MECO, José, O Azulejo em Portugal, Lisboa, Publicações Alfa, 1989.

MORATO, Manuel António e MOTA, João Valentim da Fonseca, Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes, Abrantes, 3a ed. revista, organizada e anotada por Eduardo Campos, Câmara Municipal de Abrantes, 2002.

SERRÀO, Vítor, “As Igrejas de São Vicente e de São João Baptista, em Abrantes e os seus Arquitectos”, in Estudos de Arte e História — Homenagem a Artur Nobre de Gusmão, ed. Vega, 1995, pp. 451-468.

SILVA, Joaquim Candeias da, Abrantes - a Vila e o Termo no tempo dos Filipes (1580-1640), Lisboa, ed. Colibri, 2000.

SIMÕES, J. M. dos Santos, Azulejaria em Portugal no Século XVII, 2 Tomos, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2a ed. 1997.

TAVARES, Jorge Campos, Dicionário de Santos, Porto, edições Lello & Irmão, 1990.

 

NOTA

Fotografias de azulejaria por Raquel Venâncio

1J. M. dos Santos Simões, Azulejaria Portuguesa no Século XVII, Tomo II, p. 154.

2 Idem. Ibidem, p. 154.

3 Vítor Serrão, "As igrejas de S. Vicente e S. João Baptista, em Abrantes, e os seus Arquitetos”, in Estudos de Arte e História, Homenagem a Artur Nobre de Gusmão, pp. 451-468.

4Este importante texto foi firmado em Abrantes, perante o tabelião Manuel da Maia, que o lançou no seu de Livro de Notas, n.° 1, fls. 86 v.-91. Atualmente encontra- se no Arquivo Distrital de Santarém”, Joaquim Candeias da Silva, Abrantes — a Vila e seu Termo no Tempo dos Filipes, p. 490.

5 Cfr. Idem, Ibidem, pp. 490-494.

6 A referência mais antiga à produção de faiança estanífera em Portugal regista-se em Lisboa: no Bairro de Mocambo ou Madragoa (situado na Encosta de S.ta Catarina até Santos-o-Velho) e no Bairro das Olarias (ocupava parte da Mouraria e a vertente da colina de Sr. do Monte). Cfr. José Meco,o Azulejo em Portugal, p. 54.

7 Idem, Ibidem, p. 56.

8 Embora os azulejos desornamentados não seja produção exclusiva das oficinas portuguesas, pois Portugal importou exemplares destes do país vizinho, a criação dos esquemas decorativos designados de caixilho são especificamente portugueses e não se conhecem noutros países. Cfr., J. M. dos Santos Simões, Azulejaria Portuguesa no Século XVII, Tomo I, p. 15.

9 J. M. dos Santos Simões, Azulejaria Portuguesa nos Séculos XV e XVI, p. 93.

10 As igrejas de

S. Vicente e de São João...", in Estudos de Arte e História, Homenagem a Artur Nobre de Gusmão, pp. 455 e 456.

11 Manuel António Morato, Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes, p. 78.

12 A. N. T. T., Memórias Paroquias de 1758.

13 As duas paróquias abrantinas deram provas de contendas ao longo de várias épocas Cfr. Joaquim Candeias da Silva, Abrantes - a Vila e seu Termo no Tempo dos Filipes, pp.457 e 458.

14 Vítor Serrão, “As Igrejas de S. Vicente e S. João...", in Estudos de Arte e História, Homenagem a Artur Nobre de Gusmão, p. 454.

15 A nossa afirmação fundamenta-se na datação dos exemplares por Santos Simões, e na evolução dos trabalhos no templo documentada por Joaquim Candeias da Silva e Vítor Serrão.

16 M. dos Santos Simões, Azulejaria em Portugal no Século XVII, Tomo I, p. 202.

17 A. N. T. T., Memórias Paroquiais de 1758.

18 J. M. dos Santos Simões, Azulejaria no Século XVII, Tomo II. p. 154.

19 A denominação de tapete diz respeito às composições cujo efeito decorativo resulta na repetição regular de padrões, o que significa que a produção era seriada e não exigia especialistas na arte da pintura, mesmo no caso dos pequenos painéis iconográficos.

20 José Meco, 0 Azulejo em Portugal, pp.61 e 62.

21J. M. dos Santos Simões, Azulejaria em Portugal no Século XVII, Tomo I, p. 202.

22 Idem, Azulejaria em Portugal no Século XVII, Tomo II, p. 154.

23 Idem. Ibidem, p. 61.

24 Idem, Ibidem, pp. 128 e 143.

25 Manuel António Morato, Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes, pp. 74 e 75.

26 Segundo um texto de Isabel dos Guimarães Sá a propósito das práticas de salvação da alma (in Rev. Oceanos, n.° 35, pp.42-50), do ponto de vista doutrinal a invocação das almas no purgatório foi oficializada na última sessão do Concílio de Trento (1532). Entre nós parece não ser possível determinar exactamente quando é que a ideia de purgatório se generaliza na população portuguesa, segundo a autora aparece explicitamente numa provisão de D. Manuel e também está presente na obra de Gil Vicente.

Na azulejaria portuguesa o tema das alminhas aparece bastante vulgarizado, sobretudo em setecentos, normalmente em painéis pouco ambiciosos, como os observados em S. Vicente de Abrantes. Cfr. José Meco, O Azulejo em Portugal, pp. 174 e 175.

27 Jorge Campos Tavares, Dicionário de Santos, p. 20.

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Igreja de São João Baptista.

In: CARDOSO, Ana Paredes – Azulejo seiscentista das Igrejas de São João Baptista e São Vicente. Zahara. Abrantes: Centro de Estudos de História Local. ISSN 1645-6149. Ano 5 Nº 9 (2007), p. 66-71