Salgueiro maia

 

 

 

 

 

 

 

 

Fernando José Salgueiro Maia

Fernando José Salgueiro Maia nasceu na freguesia de Santa Maria da Devesa, concelho de Castelo de Vide, a 1 de julho de 1944.

Fez a instrução primária em Tomar, o curso dos liceus no Colégio Nun´Álvares da mesma cidade e o curso complementar dos liceus em leiria.

Entrou em 1964 na Academia Militar e aqui concluiu o curso de cavalaria. Após o estágio para oficial na Escola Prática de Cavalaria em Santarém, partiu em 1967 para Moçambique, onde comandou uma companhia de Comandos durante grande parte da sua comissão.

Regressado à Escola Prática de Cavalaria, desempenhou funções de instrutor de cursos para oficiais e sargentos e de comandante de esquadrão.

Em 1971, partiu para a Guiné a comandar a companhia de cavalaria “Os Progressistas” e ali permaneceu dois anos e participou em reuniões que vieram a conduzir ao Movimento dos Capitães.

De volta à EPC, assumiu o comando do Esquadrão de Carros de Combate e veio a comandar as forças daquela Escola que participaram em Lisboa no movimento do 25 de Abril de 1974.

Deslocado em 1977 para o quartel General da zona Militar dos Açores, passou pela Direção da Arma de Cavalaria, foi colocado no Presídio Militar de Santarém e depois no regimento de Cavalaria de Santa Margarida, donde regressou à Escola Prática de Cavalaria em 1984.

Licenciou-se em Ciências Político-Sociais em 1978 e em Ciências Antropológicas e Etnológicas em 1980, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa.

Foi membro da Associação Portuguesa dos Castelos, Associação do património Cultural de Santarém e Associação 25 de Abril. Organizou e dinamizou os museus de cavalaria do Regimento de Cavalaria de Santa Margarida e da Escola Prática de Cavalaria.

Foi condecorado com a Ordem da Liberdade e com as medalhas de mérito militar de 3.ª classe e de comportamento exemplar de prata, e recebeu louvores pelos seus dotes de caráter e pela generosidade e competência postas na execução das mais difíceis tarefas.

A título póstumo, foi agraciado com a Ordem Militar da Torres e Espada de Valor, Lealdade e Mérito.

Era um homem que granjeava simpatia pelo seu otimismo e boa disposição, bem expressos nalguns instantâneos do livro Capitão de abril, editado pelos amigos já depois da sua morte. Deixou também artigos em jornais e revistas sobre armamento da cavalaria, história e etnografia.

Recusou ocupar cargos político-militares e manteve-se intransigentemente no lugar que lhe competia na escala hierárquica.

Morreu em Lisboa, a 3 de abril

 

BICHO, Joaquim Rodrigues, Toponímia da cidade de Torres Novas, Torres Novas, Câmara Municipal de Torres Novas, 1993