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Marca das cheias de 1979

Rui André - Presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos.

 No dia 10 de fevereiro de 2019, a aldeia de Rio de Moinhos evocou os 40 anos da última e maior cheia no Rio Tejo. Decorria o ano de 1979 quando o Rio Tejo galgou as suas margens e inundou a aldeia durante aproximadamente uma semana.

Segundo os estudos realizados por A. S. Sobrinho (1980), “os níveis atingidos pela cheia de 1979 foram excecionais, com um período de retorno de 222 anos, tendo tido reflexos, quer no total da área inundada, quer na destruição provocada em toda a região”.

O Rio Tejo subiu até a cota 34,92 metros no dia 11.02.1979, o que fez dela a maior cheia do século XX.

Segundo Manuel António Morato.in “Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes”, encontramos a mais antiga referência de uma cheia no rio Tejo datada do ano de 1550.

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A certa altura, o autor refere que “o Tejo, levou após suas águas muitos edifícios e arvoredos; a cheia deste rio foi julgada a maior do que até então havia notícia”.

Para imortalizar e perpetuar a memória das cheias que desde do ano de 1550 fazem parte da nossa história, o executivo da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos mandou pintar oito painéis de azulejo, que colocou nos diferentes locais onde as águas chegaram.

Reproduzem-se aqui os vários painéis pintados à mão, a partir das fotografias originais. Fica o convite para uma deslocação ao local, para poder ter uma perceção exata das subidas das águas do rio Tejo na aldeia de Rio de Moinhos.

Por último, fica o agradecimento ao Hélder Silvano pela ideia, aos funcionários da Junta de Freguesia, pela dedicação a este projeto, ao Centro de Apoio a Idosos e à Casa do Povo, pela parceria, às restantes associações e à Câmara Municipal de Abrantes pela sua presença e partilha deste momento histórico. Um especial obrigado aos riomoinhenses que souberam, sabem e saberão preservar a memória e a força de um povo rico em história, vivências e ensinamentos.

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IN: ANDRÉ, Rui – As cheias do Tejo em Azulejo:  aldeia de Rio de Moinhos. Zahara. Abrantes: Centro de Estudos de História Local. ISSN 1645-6149. Ano 17. Nº 34 (2019), p. 106-111