Eduardo Campos*

 

A questão da origem/ fundação de Abrantes continua a ser um tema que tem o nosso maior interesse ao longo de vários anos. Não dispondo de uma resposta clara a esse respeito, cremos contudo não ser inútil apresentar uma proposta explicativa sustentada na análise de 38 documentos onde Abrantes é referida. Nesta análise não fomos além do século XIII, porque já no início da centúria o topónimo estabiliza-se nas formas Aurantes ou Avrantes, que é a mesma coisa. Também não pudemos ver os originais de todos os documentos utilizados, mas de um modo as transcrições de que nos socorremos merecem-nos confiança paleográfica e diplomática.

A síntese da listagem documental fornece-nos os seguintes resultados:

Topónimo Século XII Século XIII

Número de vezes referido

Ablantes  5 6 11
Abrant - 4 4
Alantes  2  - 2
Albantes 1 1  - 1
Allantes 1 1 2
Aulantes  2  1  3
Aurantes      10 10 
Auurantes     1 1
Avlantes 1  - 1
Avrantes 1  - 1
Avrantes      - 3 3
Avrãotes 2   - 1 1

 

Deste quadro, o que parece poder concluir-se à primeira vista, é que o significado do topónimo deveria ser procurado a partir do termo Ablahtes. Contudo um documento de 1153, revela-nos um pormenor que merece alguma reflexão, porque nos proporciona uma pista que nunca foi considerada.

O documento em causa é uma carta de venda de uma herdade situada na vila de Abrantes (hereditate in uilla de alantes) que fizeram Martinho Moniz e Ermezinda Martins, sua mulher, a D. Teotónio, prior de Santa Cruz de Coimbra, em Setembro de 1153 3. Para além do seu interesse para esta questão, trata-se por outro lado, do mais antigo documento por nós conhecido em que Abrantes é referida, sendo essa referência feita por Villa. Ora este termo significava na época apenas uma pequena herdade, casal ou granja, constante de algumas peças de terra, com sua casa rústica e de abegoaria para recolher os frutos e criar os gados, e outros animais domésticos 4

Henrique da Gama Barros demonstrou ser um facto vulgaríssimo em Portugal receberem as vilas os nomes dos seus proprietários, nomes que por vezes são substituídos por outros ou se vão alterando com o correr do tempo 5. Entre nós temos o exemplo de uma senhora chamada Queixa Perra que, em Outubro de 1176, doou ao mosteiro de Lorvão umas casas que possuía in territorio ablantes e uma vinha in loco qui uocatur porcarizas, nomes que ficaram perpetuados na toponímia: Queixoperra (concelho de Mação) e Pucariça (freguesia de Rio de Moinhos). Arreciadas terá a sua raiz em rrosto da Ciada 6. Paio Chambel, lugar da freguesia de S. Miguel, tem origem antroponímica 7 e talvez o mesmo tenha sucedido com o lugar denominado abrenzalia, que o tempo transformou em Abrançalha. Será Alantes o antropónimo de um colonizador, que os notários foram modificando ao longo de 20 anos para as formas Ablantes, Aulantes e Albantes? E a hipótese que propomos, não ignorando a sua débil sustentabilidade, mas ela fundamenta-se em dados recolhidos de monumentos autênticos e não em hipóteses cujo fundamento é, em alguns casos, a falta de bom senso.

Esta questão prende-se directamente com a génese de Abrantes.

Após a conquista de Lisboa (Outubro de 1148), muitos soldados estrangeiros que nela participaram, principalmente os francos, não voltaram aos seus locais de origem, tendo recebido várias terras que arrotearam ou repovoaram, estabelecendo-se então várias colónias nos férteis territórios da Estremadura 8. Também as corporações religiosas fizeram surgir diversas vilas e aldeias, devendo sublinhar-se que os monges de Lorvão, de Sta Cruz de Coimbra e também os Templários possuíram desde meados do século XII em Abrantes e no seu alfoz significativos domínios territoriais 9. Movimentos migratórios, principalmente de gente pobre 10 vindos das províncias do Norte, atraídos por essa fertilidade, procuraram cidades e lugares fortificados, mas muitos colonos optaram por se fixar em terrenos desocupados e incultos, formando-se assim comunidades autónomas, várias vilas, que anos mais tarde se constituíram em concelhos. E isso que parece transparecer dos termos in territorio Ablantes e collatione que se lêem numa carta de doação de Outubro de 1176 11 e que correspondiam a uma unidade política que se identificava com um suserano local; collatione (=paróquia), constituía também o símbolo da autoridade de alguém (porventura de um padre) junto da população 12

Estará compreendida neste caso a vila de Abrantes referida no documento de Setembro de 1153 e na bula de 26 de Julho de 1180? Não é possível nem legítimo responder afirmativamente, mas estas são mais algumas achegas que, em nossa opinião, vêm reforçar a tese que temos defendido, ou seja, que a fundação de Abrantes ocorreu em meados do século XII 13

A década de 1170, anunciando o perigo de uma reacção almóhada, impôs o reforço das linhas de embate prováveis, nomeadamente da linha do Tejo, onde Abrantes se inseria conjuntamente com Santarém e Lisboa. Naturalmente o nascente burgo não possuía os meios necessários e eficazes de defesa, pelo que Afonso I recorreu a uma força aguerrida e organizada, a Ordem de Santiago, a quem doou o castelo e o seu vasto termo, em Setembro de 1173 14. A presença santiaguista na linha defensiva do Tejo poderia até funcionar como um elemento favorável aos movimentos migratórios decisivos para a consolidação territorial, mas um pouco surpreendentemente, foi muito curta a sua presença. Até quando se manteve a Ordem em Abrantes e porque motivo a abandonou, parece-nos ser uma questão de difícil resposta. Exporemos contudo a nossa opinião.

Relativamente à primeira questão, partilhamos hoje inteiramente da opinião de Rui de Azevedo, que sustenta que Abrantes já era reguenga em Maio de 1776, altura em que Afonso I concedeu ao mosteiro de Lorvão o canal de pesca de Abrantes, para que este tratasse da sua conservação e lhe pagasse nove décimos da pescaria efectuada 15 devendo sublinhar-se que o documento de doação é a confirmação de uma concessão feita em data que se ignora.

Jose Luis Martín contesta a opinião de Azevedo, argumentando tratar-se de uma simples autorização de utilização do canal de pesca feita pelo rei aos monges de Lorvão, sin que se mencione para nada el castillo ni Villa, objecto de Ia donaciós a 10s santiaguistas 16 acrescentando acreditar que os santiaguistas permaneceram em Abrantes até 1179, por figurar o castelo entre os bens da Ordem confirmados pela bula de Alexandre III de 26 de Julho de 1180 17

Efectivamente tal concessão não contradiz absolutamente a doação do castelo e vila que podia permanecer na posse dos santiaguistas, como nós próprios já admitidos. Mas aqui levanta-se um problema aparentemente desconhecido por Rui de Azevedo e não equacionado por Martín. Como é que se explica que Abrantes seja omitida na bula de Alexandre III, de 5 de Julho de 1175, em que o papa confirma os bens dos santiaguistas 18 e lhes seja garantida em 26 de Julho de 1180, quando esta já não lhes pertencia porque era terra reguenga?

Será que eles alguma vez tomaram efectivamente conta dos castelos de Abrantes e de Monsanto, como sugere José Mattoso 19? Mas se tomaram, que grave acontecimento ocorreu entre 1173-1174, que os forçou a abandonar a vila? Estas são duas perguntas para as quais dificilmente se encontrará resposta. Fosse como fosse, é provável que após 1175 os santiaguistas tentassem regressar ao seu antigo domínio, mas ignora-se tudo a este respeito pela absoluta falta de documentação. Ao certo o que se pode afirmar é que em Dezembro de 1179, com a concessão de foral, Abrantes passou a ser terra reguenga e a Ordem não é assinalada em Abrantes.

Após a batalha de Arganal, perto de Cidade Rodrigo, ocorrida na Primavera de 1179, e na sequência da quais se confirmaram as antigas desconfianças de Afonso

I a respeito da hierarquia de lealdade dos santiaguistas 20 Abrantes, mesmo que ainda lhes pertencesse, ter-lhes-ia sido retirada, porque a D. Sancho, derrotado por D. Fernando II com a ajuda da Ordem 21 não restaria outra alternativa senão a anulação das mercês anteriormente outorgadas aos cavaleiros de Santiago 22. Deste modo, bula de 26 de Julho de 1180 não é mais que o resultado das instâncias dos santiaguistas ou do seu mestre D. Rodrigo que, apesar de tudo, teria continuado a manter boas relações com o rei. Rodrigo abandona a Ordem em data desconhecida, aparecendo ligado em Julho de 1182 à fundação da Ordem de Santa Maria de Monte Gáudio23

Vários historiadores que se ocuparam da presença da Ordem de Santiago são unânimes em afirmar que em 1179 os cavaleiros santiaguistas sofreram um importante ataque almóhada em Abrantes. Assim o afirmam Maria Antonia Carmona Ruiz 24 Dereck W. Lomax 25, Jose Luis Martín 26 Julio Gonzalez 27 e outros. Sublinhe-se antes de mais que, como acabámos de ver, se não é seguro que os santiaguistas detivessem Abrantes em 1175, é certo que já aqui não permaneciam em Outubro de 1179. Mas em que se abonam estes historiadores para esta afirmação? Numa fonte geralmente segura, mas que deve ser utilizada de forma crítica, geralmente denominada Crónica dos Godos ou Chronicon Lusitano (para nós Anais de Afonso I) e no preâmbulo do foral de Dezembro de 1179, onde se diz volumus restaurare Ablantes atque populare.

Analisemos as "fontes" separadamente, começando pela última.

Em primeiro lugar as expressões volumus restaurare e atque populare são absolutamente banais e não têm qualquer relação com acontecimentos militares. Estas mesmas palavra lêem-se nos forais de Alcanede (1163), Évora (1166), Linhares (1169), Palmela (1185), Covilhã (1186), etc., onde nos respectivos anos não houve sequer escaramuças. Parece-nos pois abusiva a dedução que delas se fazem.

Em segundo lugar, o que é que efectivamente ocorreu em Abrantes em Outubro de 1179? 

É nos Anais de Afonso I, redigidos pelos anos de 1185-1195 por um cónego regrante de Sta Cruz de Coimbra, que se lê o seguinte: 

Era de 1217 ano de 1179]. No mês de Outubro veio lacub, filho de Elminimo, imperador dos Sarracenos, e seu irmão Frocem, atéjunto do castelo de Abrantes, com um exército de tanta gente que ninguém podia contar. Cercaram o castelo e assaltaram-no. Retiraram-se porém dali 4 dias depois com grande prejuízo do seu exército, tendo sido mortos muitos dos seus soldados. Durante o cerco, por vontade de Deus, apenas nove cristãos foram mortos. Aconteceu isto no ano 52 do reinado do rei D. Afonso. 

Não obstante o autor ser coevo do acontecimento que relata, importa tecer as seguintes considerações:

1º - Notou Alexandre Herculano que frases como um exército de tanta gente que ninguém podia contar, são exageros vulgaríssimos que a cada passo encontramos nas crónicas daqueles tempos 28. No registo da era de 1222, o autor dos Anais, referindose a um outro exército muçulmano afirma que era enormíssimo e forte, ocupando montes e vales e toda a superfície da terra, cujo número só Deus, que pode contar as gotas da chuva, poderia conhecer. Mas mesmo concedendo generoso desconto numérico seria interessante saber que exército almóhada era aquele? onde estava organizado? de onde partiu para atacar Abrantes e porquê Abrantes?

2º - O filho mais velho de Yksuf I (a quem os Anais chama de Elmunimo, evidente deturpação do título do califa de Marrocos: al-Mumin), chamava-se efectivamente Abk Yksuf Ÿa'kkb. Este teve mais dezassete irmãos, mas de Frocem (ou de Ossem, como diz uma versão abreviada e mais moderna deste texto), nenhuma notícia temos; 

3º - Em 1966 uma historiadora alemã publicou um estudo sobre o nosso primeiro monarca, onde porventura ficaram esgotadas todas as fontes disponíveis 29. Obra de referência fundamental para o estudo do período em causa, BlöckerWalter alerta-nos para o facto deste acontecimento ser unicamente referido por esta fonte, o que a leva a afirmar o seguinte: A ofensiva dos Sarracenos dirigia-se contra o vale do Tejo para romper as fronteiras naturais do jovem reino. O primeiro ataque ameaçou uma fortaleza de tamanho médio a nordeste de Santarém que tinha sido confiada aos Cavaleiros da Ordem de Santiago...

Nenhuma das outras colectâneas ou Anais menciona o ataque a Abrantes; em parte nenhuma existe uma descrição clara das medidas de defesa que obrigaram os Almoádas a levantar o cerco prometedor e a retirar-se. Possuímos apenas uma informação indirecta da ameaça do burgo: em Dezembro de 1179 Abrantes obteve do Rei um direito de cidade à semelhança do de Evora . Daí pode concluir-se que a defesa dos Cavaleiros da Ordem [de Santiago] não era vista como sendo satisfatória.

Mesmo não se pondo em dúvida a veracidade da nota, visto que tais invasões nas zonas inimigas foram levadas a cabo por ambas as partes naquele ano como Ilm 'Idhr+ refere, parece, contudo, ter havido um erro no nome do comandante. É improvável que Ya'kkb, o herdeiro do trono chefiasse o exército dos sarracenos dado que os cronistas muçulmanos sobre isso nada dizem, deixando em aberto a hipótese de ele se encontrar em Espanha na altura. Assim, aceitasse que o príncipe Abk Ishk, o governador da cidade de Sevilha, danificada no ano anterior, juntamente com o seu tio Abk 1-Hasan, o governador de Córdova, tivesse empreendido a campanha de vingança30.

 

BIBLIOGRAFIA

FONTES IMPRESSAS

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FONTES MANUSCRITAS

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ISJ/E/002/cx. l/doc. 1. 

ISJ/F/002/cx. l/documentos 1, 2 e 28. 

ISJ/F/008/cx. l/doc. 2. 

Livro de Posturas n. 1 da CMA. 

Livro de Registo n. 5 da CMA. 

 

Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo

Chancelaria de D. Dinis, liv. 2. 

Gaveta 3, maço 10, doc. 1.

Gaveta 7, maço IO, documentos 4 e 22. 

Gaveta 11, maço 11, doc. 8. 

Gaveta 12, maço 6, doc. 2. 

Gaveta 12, maço 11, doc. 1. 

Livro de Registo da Chancelaria de D. Afonso II. 

Livro de Registo de Afonso III

Lorvão, maço 5, documentos 28, 30 e 31. 

Santa Cruz, maço 3, doc. 37. 

Sé de Viseu, maço 4, doc. 24. 

Stª Cruz, maço 13, doc. 18. St g Cruz, maço 16, doc. 36. St g Cruz, maço 17, doc. 16.

Stª Cruz, maço 17, doc. 28.

Stª Cruz, maço 18, documentos 6 e 7. Sta Cruz, maço 21,doc. 23. 

  

Notas

* Coordenador de Gestão Documental dos Arquivos da Câmara Municipal de Abrantes, investigador da História de Abrantes e membro do CHELA.

1 É provável que seja erro do copista, devendo ser Ablantes.

2 0 documento original é de IO de Julho de 1291, mas a cópia de que nos servimos foi feita em 9 de Agosto de 1629.

3 IAN/TT, Santa Cruz, maço 3, doc. 37. Este termo é também utilizado numa bula de confirmação das possessões da Ordem de S. Tiago, concedida pelo papa Alexandre III ao mestre Pedro Fernandes em 26 de Julho de 1180: castellum Avlantes et Villam et ecclesias eorum cum suis pertinentiis..., in José Luis Martín, Origenes de Ia Orden Militar de Santiago, doc. n. 0 110, pp. 293-294.

4 Viterbo, Elucidário, [I, p. 632 e Alexandre Herculano, HP, III, p. 402.

5 História da Administração Pública em Portugal nos Séculos XII a XV, IV, 38 e Alberto Sampaio, Estudos Históricos e Económicos — As vilas do norte de Portugal, I, pp. 45-56.

6 AHCA/1SJ/F/008/cx. l/doc. 2, de 1 de Novembro de 1376. . como vay acima ate as barreiras vermelhas e pola cumiada acima ate o casal de Joham dos santos polos vertentes ao vao das donas e asy como vay dereito ao estrreito polas Rostyciadas... do estrreito polos vertentes per cima pelo Rosto de cyagas... assim se lê em duas passagens do Livro de Posturas n. 0 1 da CMA, de 1515, f. 6v e 12.

7 ... uma vinha que eu ej em paaj chambili... AHCA/ISJ/F/002/cx. I/ doc. 28, de 1375.

8 Alexandre Herculano, HP, I, pp. 527 e 534-535.

9 Dos 38 documentos utilizados, 3 (todos do século XII) respeitam a negócios feitos pelo mosteiro de Lorvão e 9 (séculos XII e XIII) a negócios de Cruz. Sobre os templários veja-se Pedro Rodriguez Campomanes, Dissertaciones Historicas del Ordem, y Cavalleria de 10s Templarios, p. 12.

10 Só as emigrações de gente pobre à Estremadura podem justificar as esmolas deixadas por Afonso Henriques aos pobres de Lisboa, Santarém, Coruche, Abrantes, Tomar, Torres Novas, Ourém, Leiria e Pombal no seu testamento de Fevereiro de 1179. Cf. Maria Helena da Cruz Coelho, Portugal em Definição de Fronteiras, in Nova História de Portugal, dirigida por Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques, III, p. 177.

11 IAN/TT, Lorvão, maço 5, doc. 30.

12 Cf. A. H. de Oliveira Marques, HP, I, pp. 105-106.

13 Cf. Eduardo Campos, Notas históricas sobre a fundação de Abrantes. 

14 Documentos Medievais Portugueses — Documentos Régios, I, doc. n. Q 317, p. 417. Esta Ordem foi fundada em Leão por Fernando II, em I de Agosto de 1170. Depressa cresceu e chegou a Portugal onde, entre 1172-1173, lhe foram doados os castelos de Monsanto, Abrantes, Alcácer, Palmela, Almada e Arruda.

15 Documentos Medievais Portugueses — Documentos Régios, I, doc. n. e 331, p. 432 e II, p. 716.

16 Origenes de Ia Orden Militar de Santiago, p. 83.

17 Origenes de Ia Orden Militar de Santiago, p. 84.

18 Origenes de Ia Orden Militar de Santiago, doc. n. e 73, p. 248-254. O documento pontifício apenas refere Alcácer, Almada e Arruda, mas mesmo estes lugares, conjuntamente com Palmela, só foram recuperados pela Ordem em 28 de Outubro de 1186 - Documentos de D. Sancho I (1174-1211), I, doc. n.Q 14, pp. 22-24.

19 Ricos-Homens, Infanções e Cavaleiros: a nobreza medieval portuguesa nos séculos XI e XII, p. 230.

20 Origenes de Ia Orden Militar de Santiago, p. 82 e Mário Raul de Sousa Cunha, A Ordem Militar de Santiago: das origens a 1327, p. 36. 

21 Julio Gonzales, Regesta de Fernando II, pp. 128-129. Herculano (HP, I, pp. 558-559) data estes sucessos de 1166. Luiz Gonzaga de Azevedo (HP, IV, pp. 119-120), de forma absurda, data-os de inícios de 1163. Modernamente há quem defenda que ocorreram em meados de 1180.

22 Mário Raul de Sousa Cunha, A Ordem Militar de Santiago: das origens a 1327, p. 38.

23 Origenes de Ia Orden Militar de Santiago, p. 55. Sumário do documento de 25 de Julho de 1182, a p. 486.

24 La participación de Ias órdenes militares hispanas en Ias cruzadas de Oriente, texto disponível no site http://clio.rediris.es/ articulos/ORDENESI.htm

25 La Orden de Santiago (1170-1275), p. 9. 

26 Origenes de Ia Orden Militar de Santiago, pp. 83-84.

27 Regesta de Fernando II, p. 128.

28 HP, 1, p. 583.

29 Monica BIöcker-Walter, Alfons I. Von Portugal. Studien zu Geschichte und Sage des Begründers der Portugiesischen Unabhàngigkeit.

30 Monica Blöcker-WaIter, Alfons I. Von Portugal, pp. 72-73.

Artigo publicado na revista Zahara nº1 - maio 2003