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Por Sónia Pedro - Licenciada em Antropologia Social e Cultural pela FC.C.T. da Universidade de Coimbra, com Mestrado em Cidades e Cultura Urbana pela Fac. Economia da Univ. de Coimbra Técnica do Dep. de Inf. e Conhecimento - TAGUSVALLEY - Tecnopolo do Vale do Tejo.

 

Trabalho sem descansar. Trato da minha vida, ocupo-me da vida dos outros. Esforço-me porque não paralisem as fábricas que dirijo. Nunca aos meus operários faltou pão e trabalho.

Desabafo de Alfredo da Silva ao ser perseguido durante a revolução de 19 de outubro de 1921, em plena I República (Vieira, 2003 9)

 

O presente artigo resulta da investigação efetuada em finais do ano de 2011 e que culminou numa exposição de carácter museológico, evocativa das memórias dos espaços fabris da CUF - Companhia União Fabril, em Alferrarede, no decurso do 7. ° Aniversário do TAGUSVALLEY - Tecnopolo do Vale do Tejo. A referida exposição contou ainda com a exposição itinerante de painéis e objetos pertencentes ao Museu Industrial Baía do Tejo - Barreiro.

A história da CUF - Companhia União Fabril, baluarte da Indústria Nacional, confunde-se em vários momentos com a história da vila de Alferrarede. Todavia, por insuficiência documental, grande parte desta história está ainda por estudar e escrever e, sobretudo, está ainda por contar.

1. A GÉNESE DA CUF - COMPANHIA UNIÃO FABRIL

Foi no ano de 1865 que o Conde da Junqueira fundou, em Lisboa, a sociedade anónima Companhia União Fabril, com um capital de 200 contos de réis, dividido em mil ações de 200 mil réis cada uma, e que contava com Burnay entre os principais acionistas.

Durante bastantes anos, a empresa prosperou através do fabrico de sabões, sabonetes, velas de estearina, óleo de purgueira e outros produtos similares.

A 20 de Abril de 1898, a fusão com a Companhia Aliança Fabril (CAF) foi formalizada, o capital aumentou para os 500 contos de réis, e os estatutos foram reformulados, permitindo o alargamento e diversificação de atividades e a criação de sucursais fabris ou comerciais fora de Lisboa. Alfredo da Silva tomou de imediato posse como administrador.

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Com o objetivo de alargar o âmbito industrial da União Fabril no sector da produção de azeite, Alfredo da Silva obteve, em inícios de 1907, permissão dos membros da direção para concluir as negociações com vista à aquisição da firma J. Michelon & J. Combemalle - instalações, máquinas, matérias-primas e produtos manufaturados envolvidos no negócio - localizada em Alferrarede. Tratou-se de aposta estratégica, dada a primazia do azeite na alimentação nacional, como também pela possibilidade de incorporação na indústria das conservas.

Alfredo da Silva acertou a aquisição pela quantia de 90 contos de réis, mais 2 contos como «compensação por juros», visto o pagamento ser faseado em 5 parcelas, pagas entre 30 de abril de 1907 e 30 de abril de 1908. À última prestação deveria juntar-se a verba de 860$000 réis, valor dos terrenos que a referida empresa possuía em Vila Nova de Baronia, próximo de Alvito, e que também passaria para a posse da CUF A escritura de Alferrarede seria assinada a 14 de março de 1907, entrando a fábrica em laboração nos finais de novembro. (Faria, 2004:134)

Pôde ainda contar com a colaboração especializada de Pierre Philibert e Ernest

Tiger, antigos diretor e gerente do estabelecimento fabril, na rentabilização do investimento. A aposta em Alferrarede rapidamente se revelou acertada. No final do ano de 1907, o lucro líquido ascendeu a 120.977$890 réis (uma quantia considerada anormal), devido à alta do preço do azeite. “A fábrica, em dois anos de atividade, «quase que pagou duas vezes o seu custo»”.(ibid: 138)

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Mas esta aquisição levantava um conjunto de problemas operacionais, que careciam de resolução. Com o objetivo de evitar a criação de concorrência, que prejudicasse este negócio, urgia estabelecer uma outra unidade a sul do Tejo. As pesquisas acerca da localização ideal para este investimento identificaram o Barreiro. Tal como em Alferrarede (servida pelo caminho-de-ferro da Beira Baixa desde 1981*), o terreno adquirido no Barreiro, propriedade de firma Bensaúde & Ca, também se encontrava ligado à estação de caminho-de-ferro e, além disso, tinha uma excelente atratividade devido à sua localização junto ao rio (possuía um cais de acostagem). Enquanto as obras de instalação da fábrica não começavam, Alfredo da Silva aproveitou o terreno para plantar batatas.

Apesar da instabilidade política e económica que Portugal atravessava, a partir deste momento iniciou-se, no Barreiro, a construção de um conjunto de unidades fabris dedicadas à produção de produtos químicos e adubos.

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Planta da Unidade Fabril da CUF - Companhia União Fabril, em Alferrarede

 

Durante o período de laboração, a unidade fabril da CUF - Companhia União Fabril, em Alferrarede, passou por várias fases, estruturadas tanto em diferentes produtos como na introdução de processos diferenciados:

1a Fase - Extração contínua de bagaço de azeitona

2a Fase - Extração de sementes de tomate, grainha de uva e outras oleaginosas

3 a Fase - Aumento da capacidade de produção de óleos vegetais, em especial de girassol

O espaço fabril serviu ainda como entreposto comercial para o armazenamento e distribuição de outros produtos pertencentes ao Grupo CUF, como os adubos.

O PROCESSO DE PRODUÇÃO

1952 - “Na fábrica de óleos alimentares, faz- -se a montagem de uma unidade de extração contínua de hexana («DESMET»), do modelo mais moderno e eficiente então existente, e em substituição do antigo processo por meio de prensas hidráulicas.” (Revista “Indústria - CUF 1865 -1965” número 17, out. 1965).

OS TRABALHADORES

No ano de 1981, laboravam na Fábrica da CUF - Companhia União Fabril, em Alferrarede:

Pessoal Fabril - 54 homens

Pessoal Administrativo - 7 homens e 1 mulher

Distribuídos em 3 turnos rotativos:

- 9:00 horas -16:00 horas

-16:00 horas - 24:00 horas

-24:00 horas - 9:00 horas

2. A GÉNESE DA UFA - UNIÃO FABRIL D0 AZOTO PARA FABRICAR 0S ADUBOS AZOTADOS BASTAVA DISPOR DE ENERGIA, AR E ÁGUA

A Fábrica de Amónio de Alferrarede é a unidade mais moderna da Companhia União Fabril, a maior organização industrial da Península. (Oleiro et al., 1944:197)

A primeira licença para o fabrico de sulfato de amónio foi atribuída à CUF - Companhia União Fabril, pelo despacho de 22 de julho de 1941. Esta licença referia-se à instalação de uma fábrica de produção de amoníaco líquido com a capacidade de 25.000 a 30.000 toneladas por ano. O projeto inicial previa uma carga elétrica máxima de 20.000 KW. A maior parte desta produção tinha como destino as fábricas de adubos, localizadas no Lavradio.

Esta unidade industrial exigia elevados consumos de energia elétrica, utilizada para eletrólise da água, de forma que o período de instalação só se iniciou após a indicação da barragem fornecedora por parte do Governo:

“A fábrica de Alferrarede deverá receber a energia da central de Belver, no Tejo. A Hidro- -Elétrica do Alto Alentejo tem pendente pedido de concessão para esta central que deverá produzir, além da energia permanente, 100 e 120 milhões de KW horas de inverno, mas desconhece-se porque razão não foi dada ainda essa concessão”. (Excerto de notícia retirada do “Jornal de Abrantes”, de 21 de fevereiro de 1943)

Logo após a constituição oficial da União Fabril do Azoto, em julho de 1948, imediatamente se iniciaram os estudos para a elaboração dos projetos para a construção da Fábrica de Alferrarede.

Em janeiro de 1951, inauguravam-se, simultaneamente em Alferrarede e no Barreiro, as fundações de estacaria e, em maio do ano seguinte montavam-se as primeiras estruturas metálicas e erguiam-se as primeiras paredes-mestras dos edifícios. (...) Em setembro apareciam as primeiras máquinas e em Dezembro concluía-se a grande fábrica de Alferrarede e principiavam-se os ensaios e experiências. (Oleiro et al, 1944: 201).

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Inauguração da Fábrica do Amoníaco (UFA) em Alferrarede. Homenagem ao Senhor Presidente da República - General Craveiro Lopes. A esquerda, na Estação de Alferrarede e, à direita, nas instalações da UFA Gentilmente cedidas pelo “Jornal de Alferrarede".

A maior parte dos equipamentos utilizados foi importada, em especial da Inglaterra, mas também da França e da Suíça.

“A inauguração da Fábrica do Amoníaco em Alferrarede, a 14 de março de 1952, contou com a presença do Chefe de Estado, general Craveiro Lopes e outros membros do Governo - Senhores Ministros das Finanças, Economia e Obras Públicas e os Subsecretários de Estado da Agricultura, Comércio e Indústria, o Bispo de Portalegre e outras entidades oficiais que acompanharam o genro do falecido Alfredo da Silva, Manuel de Melo, nesta cerimónia comemorativa.

Além das instalações diretamente ocupadas pela produção, existem outras de apoio ao fabrico, tais como laboratórios de análises, oficinas metalo-mecânicas e de construção civil, secção de transportes, secção de segurança, etc.

Atualmente, trabalham nesta fábrica cerca de 250 pessoas, 220 das quais são operários”. (Excerto de notícia retirada do “Jornal de Abrantes”, de 23 de setembro de 1963).

O PROCESSO

“À entrada da fábrica encontra-se o transformador principal, ao qual se seguem a subestação de alta tensão, a secção de retificação da corrente alterna em contínua e os gasómetros. (...)

Passa-se depois às instalações de tratamento e destilação das águas, do fabrico do hidrogénio e da subestação da alta tensão. Assiste-se em seguida ao fabrico de azoto, entra-se logo nas instalações de compressão e síntese, e passa-se às oficinas, aos armazéns, ao balneário, cantina, escritórios, laboratório, estação de bombagem, torre de refrigeração, etc”. (Oleiro et al., 1944:200)

O grande consumo de energia elétrica resultava do papel desempenhado pela eletricidade no processo de fabrico, separando o azoto por liquefação e destilação dos outros gases que integram a composição do ar, decompondo assim a água por eletrólise, nos seus elementos constituintes (oxigénio e hidrogénio).

A energia elétrica, recebida a 60.000 vóltios (corrente alterna), é transformada em 11.000 vóltios e distribuída, a partir da subestação a que já nos referimos, pelos diferentes sectores. Depois, na retificação, a corrente de 11.000 vóltios é primeiramente transformada para 500 vóltios alterna e, em seguida, retificada para 500 contínua, sendo então utilizada na eletrólise da água, previamente tratada e destilada. O hidrogénio, assim obtido, por este processo, era, então, recolhido no gasómetro.

Na Fábrica do Azoto, o ar (mistura de oxigénio e azoto) é liquefeito e, em seguida, separado nos seus elementos por destilação fracionada. O azoto é também recolhido no gasómetro e o oxigénio lançado na atmosfera. A mistura de hidrogénio e azoto, aspirada dos respetivos gasómetros é, depois, submetida a uma operação de desoxidação, para retirar os vestígios de oxigénio, no que se utiliza um processo especial, e, por fim, comprimida por compressores. A síntese de amoníaco efetua-se através da alta pressão e temperatura, em presença de um catalisador, sendo o gás recolhido no gasómetro e armazenado, já liquefeito, em dois depósitos, de onde é retirado para vagões-cisternas que o levam à Fábrica de Sulfato de Amónio, no Barreiro, (ibidem: 201-202)

Além da produção de amoníaco líquido, destinado às fábricas de adubos da UFA, localizadas no Lavradio, uma pequena parte era ainda destinada a pequenos clientes. Era vendida também água destilada a diversos consumidores.

O ano de maior produção da fábrica foi em 1959, excedendo as 20.000 toneladas de amoníaco e um consumo energético na ordem dos 280 milhões de KW/hora (ligeiramente superior ao consumo da cidade do Porto e arredores). Nos anos posteriores, as reduzidas disponibilidades energéticas da rede nacional implicaram a redução nas produções anuais, com os prejuízos daí resultantes.

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Planta da Unidade Fabril da UFA - União Fabril do Azoto, em Alferrarede

3. A OBRA SOCIAL DA CUF. O QUE 0 PAÍS NÃO TEM, A CUF CRIA

Gracejava-se então que podia uma pessoa nascer, viver e morrer sem sair da Companhia União Fabril. Em muitos aspetos, a hipérbole não trazia exagero. (Morais, 2008:95).

Pertencer às empresas do Grupo CUF significava para um trabalhador, além de melhores salários, um sem número de benefícios sociais, num período em que o esquema de proteção social estatal era quase inexistente. Por esta época, em Portugal, as condições de trabalho, os salários, a segurança, a proteção social, os horários e as promoções eram tão variáveis quanto isentas de controlo.

Os primeiros serviços sociais da Companhia União Fabril foram lançados por Alfredo da Silva em 1906, a saber, a despensa e a assistência médica2. Dois anos mais tarde, os operários do Barreiro já podiam contar com uma padaria, refeitório e talho. Neste mesmo ano, iniciou-se também a construção do primeiro bairro operário - o Bairro de Santa Bárbara (ou Bairro Velho), no Barreiro.

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Vista aérea do Bairro Residencial da UFA - União Fabril do Azoto, em Alferrarede Gentilmente cedida pelo “Jornal de Alferrarede”

Posteriormente, juntaram-se-lhe balneários, lavadouros e um posto médico. Em 1927, convicto de que o progresso da indústria dependia do desenvolvimento da instrução, Alfredo da Silva deu início à construção de duas escolas, uma para cada sexo: “Na década de 40, um operário de ofício da Companhia União Fabril é, quase sem exceção, um filho de um dos nossos trabalhadores.” (Vieira, 2003: 120).

Um outro conjunto de práticas informais, que foram sendo instituídas ao longo dos anos, rapidamente se converteram em benefícios sociais para os trabalhadores da CUF e empresas associadas, a saber: a concessão de empréstimos, possibilitando o pagamento em regimes de prestações, o adiantamento do salário, o fornecimento de crédito na despensa, as gratificações, a prenda de Natal para os filhos dos trabalhadores. Em 1941, os trabalhadores do Grupo CUF e posteriormente as respetivas famílias passaram a poder contar com um organismo privativo de previdência social - a Caixa de Previdência do Pessoal da CUF e empresas associadas.

Conforme pode verificar-se pelas informações supra, foram sendo progressivamente integrados um conjunto de serviços, em diversos domínios, com o intuito de satisfazerem as necessidades dos trabalhadores da CUF e empresas associadas. Tratavam-se de serviços de natureza económica, cultural, bem como de previdência e segurança no futuro: Moagem e Padaria; Despensa; Refeitório; Messe; Bairros para Operários e quadros dirigentes; Grupo Desportivo (construção de estádio privativo); Centro Educativo; Colónia de Férias; Cinema/ /Ginásio; Posto Médico; Escola Primária; Apoio a estudantes do ensino médio e superior; Infantário; Caixa de Previdência do Pessoal da CUF e empresas associadas. Todas estas medidas tinham sobretudo como objetivo a modificação das mentalidades, comportamentos e atitudes dos operários.

“Este modelo social foi sendo replicado nas diversas localidades em que a Companhia União Fabril detinha unidades fabris. Perto da Fábrica de Amoníaco de Alferrarede foi construído um bairro residencial para os operários, constituído por cinquenta e nove moradias, que são verdadeiros encantos, quer pela sua beleza arquitetónica, quer pelas comodidades modernas que oferece aos seus moradores, com a máxima salubridade e num ambiente artístico e acolhedor.

Junto deste bairro (...) instalou-se um posto médico, onde se dá gratuitamente, tanto aos operários desta fábrica como a todo o pessoal da CUF e empresas associadas, assistência clínica e farmacêutica.

Também se instalou um serviço de despensa, para fornecimento de géneros alimentícios em condições mais favoráveis de qualidade e preço”. (Oleiro etal., 1944:201 - 202)

Ainda assim, a entrada no Grupo não originava o acesso imediato às regalias. Havia uma clara distinção entre os «trabalhadores da casa», detentores de um ofício específico e o numeroso grupo de proletários itinerantes e desqualificados que colaboravam esporadicamente e a título precário. Existiam no interior da Companhia União Fabril situações laborais muito diferenciadas.

COLÓNIA DE FÉRIAS - ALMOÇAGEME (SINTRA)

Destinada aos filhos dos funcionários da CUF, a Colónia de Férias de Almoçageme foi inaugurada a 10 de agosto de 1950, em Almoçageme - Sintra, sobranceira à Praia Grande. Na sua área de 70.000 metros quadrados, incluía dormitórios, cozinha, 2 refeitórios, balneários com 60 compartimentos individuais, lavandaria, rouparia, 6 alpendres para atividades exteriores e encontrava-se cercada por jardins bem cuidados, com amplas áreas de pinheiros e eucaliptos.

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Colónia de Férias de Almoçageme - Sintra. Imagem do Museu Industrial Baía do Tejo.

A Colónia de Férias era frequentada por 1600 crianças de ambos os sexos, desde o infantário até aos 12 anos, que, desde meados de junho até setembro, por ali viviam por períodos de 20 dias.

Muitas das inovações introduzidas no Grupo Companhia União Fabril e empresas associadas, fossem elas referentes à introdução de uma nova atividade industrial ou novas áreas de produção, à introdução de um novo tipo de maquinaria ou técnica, à prestação de serviços de ação social inovadores para os seus trabalhadores, tiveram sobretudo origem no espírito empreendedor, estratégico e perspicaz de Alfredo da Silva:

“Nasci industrial, sempre quis ser industrial, e hei-de ser industrial até morrer!” Declaração feita ao médico Augusto Lamas (Vieira, 2003:43).

BIBLIOGRAFIA

*Faria, Miguel Figueira de (2004), Alfredo da Silva. Biografia 1871- 1942.Lisboa: Bertrand Editora.

*J. Michelonet J. Combemale: Fabrication de 1’huile d’oliveettraitementdesgrignons, da Fábrica de Alferrarede, adquirido pela CUF em 1906 - Museu Industrial Baia do Tejo.

*“Jornal de Abrantes”, 23 de setembro de 1963.

 *“Jornal de Abrantes”, 21 de fevereiro de 1943. Morais, Jorge (2008), “Rua do Ácido Sulfúrico”. Oleiro, Diogo et al., (1944), Abrantes Cidade Florida.

*Revista Indústria - CUF 1865 -1965” número 17, out. 1965.

*Vieira, Joaquim, (Dir.), (2003), Fotobiografias Século XX, Rio de Mouro: Círculo de Leitores.

IN: PEDRO, Sónia – A Nossa herança industrial. O grupo CUF – companhia união fabril, em Abrantes. Zahara. Abrantes: Centro de Estudos de História Local. ISSN 1645-6149. Ano 11. Nº 22 (2013), p. 3-10