manoel castello

Por Rui André - Professor, residente em Rio de Moinhos e particularmente interessado pela cultura desta freguesia do concelho de Abrantes.

Manoel Soares Castello nasceu no dia 27 de dezembro de 1899 na aldeia de Rio de Moinhos, foi cavaleiro de alternativa e fez a sua bênção no dia 27 de março de 1932 no Campo Pequeno, em Lisboa. Soares Castello dedicou toda a sua vida aos cavalos, conheceu muitos e sabia reconhecer os melhores. O seu pai era vendedor de cavalos e percorria todas as feiras do país.

Soares Castello viveu 51 anos e foi enterrado no cemitério da Vila de Cano (concelho de Sousel) no dia 12-07-1951.

Num artigo do jornal de Abrantes de 1932, pode ler-se:

«Recebe alternativa, na Praça do Campo Pequeno, no próximo dia 27, Domingo de Páscoa, a convite do distinto bandarilheiro e mestre de toureio Luciano Moreira.

É bem merecida, pois o seu trabalho como amador em várias praças do país já de há muito lho impunha pelo muito que eram apreciadas as suas faculdades, tanto mais, que, Manoel Castello tudo quanto é na arte de Marialva a si o deve.

Sem ter tido escolas, quer de hipismo, quer de toureio, mas apenas com as suas aptidões naturais e grande força de vontade, conseguiu fazer-se, nos intervalos que a sua vida de negócio lhe permitiam, um cavaleiro destro e um toureador destemido, qualidades que o público lhe tem reconhecido não lhe regateando aplausos que o levaram a ser consagrado artista.

Nunca, Manoel Castello se sentiu envaidecido, e entregue com o seu pai ao negócio de gado a cavalar tem corrido quase todas as feiras do país, sendo conhecido em todas como um dos mais conhecedores nesse ramo de negócio e muito estimado pelos seus dotes de trabalho e delicadeza de trato.

Pode bem dizer-se que a sua escola de montar, foram as feiras, experimentando cavalos de toda a espécie desde criança; a de tourear teve o seu início em 1920, como curioso, montado num vulgaríssimo cavalo de negócio, na praça de Sobral (V de Figueira) em que demonstrou desde logo a sua vocação.

Quis o acaso que ele viesse um dia a possuir, também um predestinado, o seu belo cavalo “Nobre”; completaram-se, cavalo e cavaleiro, dois produtos apenas com as faculdades com que a Natureza os dotará, conquistaram nome nas várias praças em que Manoel Castello tem trabalhado, como amador, em Abrantes, Ponte de Sôr, Barquinha, Tomar, Riachos, Chamusca, Eivas, Nazaré, Évora, Faro, Viana do Castelo, Coimbra, Figueira da Foz, Nisa, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Moita, Azaruja, Algés, Vila Franca de Xira, etc.

Jornadas longas em que lhe têm sido tributados fartos aplausos do público ao seu trabalho triunfadora parda simpatia merecida pela sua modéstia pessoal.

E, é assim que Manoel Castello se apresenta honestamente a receber alternativa na primeira praça do país.

O povo de Rio de Moinhos bem pôde orgulhar-se em ter este rapaz por conterrâneo, devendo fazer-se representar nessa tarde de festa para a sua terra e expressar-lhe as suas justas homenagens e nós que o apreciamos desde criança, desejamos-lhe sinceramente um dia de assinalada glória como debute da sua carreira artística, pois bem o merece».

Existe alguma bibliografia que retrata bem a forma de atuar deste “Cavaleiro de

Província”. No livro “Touros e Toureiros em Portugal” do ano de 1931, podemos ler:

Na página 23 - abril

26 - Santarém - Corrida mista - 4 touros e 4 garraios oferecidos pela Casa de Cadaval - Cavaleiro: Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Carlos Santos, Manoel Raimundo, António Dias, António Marques, e os amadores António Duarte, Pedro Duarte, Adalberto Duarte e Raul Godinho - Forcados: um grupo chefiado por José Serralheiro - A troupe cómica Charlot, Max e D. José - Diretor da corrida: António Luiz Homem.

Na página 26 - maio

24 - Matosinhos - 8 touros dos Srs. Plácido & Irmão (com o ferro dos Srs. Norberto Pedroso e João Coimbra) - Cavaleiros: Elmino Ricardo Teixeira e Manoel Soares Castello - Espada: o matador de novilhos Emílio Gonzalez (Villalta II) - Bandarilheiros: Custódio Domingos, José da Costa, Joaquim de Oliveira, Pedro Gorjão e Jerónimo Piá Flores - Forcados: um grupo chefiado por Carlos Má-nota - Diretor da corrida: António Gonçalves.

Página 29 e 30 - junho

14 - Barquinha - 8 touros dos Srs. Terré & Irmão - Cavaleiros: João Branco Núncio e o amador Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Carlos Santos, Manoel Raimundo, Mário dos Santos, Francisco Gonçalves e Salvador Balfagon (Alfarero) - Forcados: um grupo chefiado por Manoel Chiné - Diretor da corrida: Manoel dos Santos.

Página 36 - julho

12 - Moita do Ribatejo - Corrida promovida pela Filarmónica Estrela Moitense - 8 touros do Sr. Joaquim dos Santos (Herdeiros) - Cavaleiro: Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Joaquim do Carmo, Joaquim de Oliveira, Mário dos Santos, Carlos Moreira, Pedro Gorjão, e os praticantes Francisco Brito e Adbias de Carvalho - Forcados: um grupo chefiado por José Chegadinho - Diretor da corrida: Artur Félix.

Página 36 e 37 - julho

19 - Barquinha - 4 touros dos Srs. Terré & Irmão - Cavaleiro: Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: António Carvalho, Joaquim do Carmo, Carlos Santos, Manoel Raimundo, Carlos Moreira e Jerónimo Piá Flores - Forcados: um grupo chefiado por António Rodrigues - Diretor da corrida: António Luiz Homem.

Página 40 - agosto

09 - Matosinhos - 6 touros do Sr. Lima Monteiro - Cavaleiros: Simão Luiz da Veiga, Ildefonso d’ Almeida e Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Luciano Moreira, José da Costa, António Carvalho, Joaquim do Carmo, António Dias, António Marques, Luciano Moreira Júnior e Jerónimo Piá Flores - Forcados: o grupo de Edmundo de Oliveira - Diretor da corrida: Leopoldo Alves.

Página 43 - agosto

23 - Viana do Castelo - 6 touros do Sr. Norberto de Mascarenhas Pedroso - Cavaleiros: D. Alexandre de Mascarenhas e Manoel Soares Castello - Espada: o matador de novilhos Alejandro Saez (Ale) - Bandarilheiros: Luciano Moreira, Alfredo dos Santos, António Carvalho, Luciano Moreira Júnior, Jerónimo Piá Flores e Joaquim Solis (cantillana) - Forcados: um grupo chefiado por Pé de Cherim - Diretor da corrida: Manoel dos Santos.

manoel castello1

Página 48 - setembro

11 - Nazareth - 8 touros do Sr. Joaquim dos Santos (Herdeiros) - Cavaleiros: Simão da Veiga e Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Agostinho Coelho, Carlos Santos, Manoel Raimundo, Júlio Procopio e Francisco Gonçalves - Forcados: o grupo de Manoel Burrico - Diretor da corrida: Manoel dos Santos.

Página 48 e 49 - setembro

12 - Nazareth - 8 touros do Sr. Joaquim dos Santos (Herdeiros) - Cavaleiros: João Branco Núncio e Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Agostinho Coelho, Carlos Santos, Manoel Raimundo, Salvador Balfagon (Alfarero) e Jerónimo Piá Flores - Forcados: o grupo de Manoel Burrico - Diretor da corrida: Manoel dos Santos.

Página 49 e 50 - setembro

14 - Moita do Ribatejo - 8 touros do Sr. Joaquim dos Santos (Herdeiros) - Cavaleiros: Elmino Ricardo Teixeira e Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Júlio Procopio, Carlos Moreira, Pedro Gorjão, Angel Gonzalez (Angelillo), Jerónimo Piá Flores e o praticante Abdias de Carvalho - Forcados: o grupo de Manoel Burrico - Diretor da corrida: Jorge Cadete.

Página 50 - setembro

15 - Moita do Ribatejo - 8 touros do Sr. Joaquim dos Santos (Herdeiros) - Cavaleiros: Elmino Ricardo Teixeira e Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Júlio Procopio, Carlos Moreira, Pedro Gorjão, Angel Gonzalez (Angelillo), Jerónimo Piá Flores e o praticante Abdias de Carvalho - Forcados: o grupo de Manoel Burrico - Diretor da corrida: Jorge Cadete.

Página 50 - setembro

16 - Setúbal - Corrida Mixta - 6 touros e 2 garraios pertencente ao Sr. Joaquim dos Santos (Herdeiros) - Cavaleiro: Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Carlos Moreira, Pedro Gorjáo, José Garcia (Cordobés), e os praticantes Abdias de Carvalho e Francisco de Brito (Bigodinho) - A troupe cómica Charlot, Max e D. José - Forcados: o grupo de Manoel Burrico - Diretor da corrida: Jorge Cadete.

No ano de 1931, Manoel Soares Castello fez as seguintes corridas:

Abril - 26, Santarém.

Maio - 24, Matosinhos.

Junho -14, Barquinha.

Julho -12, Moita do Ribatejo; 19, Barquinha. Agosto - 9, Matosinhos; 23, Viana do Castelo.

Setembro -11, Nazareth; 12, Nazareth; 14, Moita Ribatejo, 15, Moita Ribatejo; 16, Setúbal.

Total: corridas: 12; touros lidados: 25.

Em 14 de Junho sofreu na praça da Barquinha uma colhida grave do touro Miura, da ganaderia de Terré & Irmão, que tinha já cinco corridas.

Soares Castello foi retirado da arena sem sentidos.

No livro “Touros e Toureiros em Portugal”, do ano de 1932, podemos ler:

Os programas completos das 17 corridas dadas no Campo Pequeno foram os seguintes, sendo designados com um E os festejos da empresa, e com um P os promovidos por particulares:

Páginas 11 e 12

Ia CORRIDA - 27 de Março - E - Oito toiros do Sr. Norberto Pedroso - Cavaleiros: Elmino Ricardo Teixeira e Manoel Soares Castello (para receber a sua alternativa) - Espada: o matador de touros José Amorós - Bandarilheiros: Luciano Moreira, Alfredo dos Santos, Agostinho Coelho, António Carvalho, Pedro Gorjão, Américo Jorge, Jerónimo Piá Flores, José Garcia (Cordobés), e o do espada - Forcados: o grupo de Manoel Burrico - Direção de Manoel dos Santos.

Página 12

2ª CORRIDA - 03 de Abril - E - Oito toiros do Sr. João Coimbra - Cavaleiros: Simão da Veiga Júnior e Manoel Soares Castello - Espadas: os matadores de novilhos Alejandro Saez (Ale) e Melchior Delmonte - Bandarilheiros: Custódio Domingos, Agostinho Coelho, António Carvalho, Júlio Procopio, Joaquim de Oliveira, Pedro Gorjão, José Garcia (Cordobés), e os dos espadas - Forcados: um grupo chefiado por António dos Santos (Pé de Cherim) - Direção de José Ferreira Estudante.

Página 13

6ª CORRIDA - 22 de Maio - E - Oito toiros do Sr. Emídio Infante da Câmara & Irmão (casta Varela) - Cavaleiros: João Branco Núncio, Manoel Soares Castello e o amador Joaquim Amado Aguilar - Espada: o matador de touros Marcial Lalanda, com a sua quadrilha de Bandarilheiros e Picadores - Bandarilheiros: Luciano Moreira, Custódio Domingos, António Carvalho, José Segarra, Mário dos Santos, Salvador Balfagon (Alfarero) e os do espada, e o praticante Luciano Moreira Júnior - Direção de Manoel dos Santos.

Pelo país fora - Programa de todas as corridas verificadas na província, com as modificações que porventura sofreram.

Junho- Página 41

12 - VILA REAL - Inauguração da praça - 6 touros dos Srs. Plácido & Irmão - Cavaleiros: Manoel Casimiro d’Almeida e Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: António Carvalho, Rodrigues Raposo, Pedro Gorjão e Jerónimo Piá Flores - Forcados: um grupo chefiado por Ignacio Burrico - Direção de José Casimiro Pae.

Página 41

13 - VILA REAL - 6 touros dos Srs. Plácido & Irmão - Cavaleiros: Manoel Soares Castello e José Casimiro Júnior - Bandarilheiros: Agostinho Coelho, António Carvalho, Rodrigues Raposo, Pedro Gorjão e Jerónimo Piá Flores - Forcados: um grupo chefiado por Manoel Burrico - Direção de José Casimiro Pae.

Página 41

19 - VILA REAL - 8 touros dos Srs. Plácido & Irmão - Cavaleiros: Manoel Casimiro d’ Almeida, Manoel Soares Castello e José Casimiro Júnior - Bandarilheiros: Agostinho Coelho, António Carvalho, Rodrigues Raposo e Jerónimo Piá Flores - Forcados: um grupo chefiado por Manoel Burrico - Direção de José Casimiro Pae.

Agosto

Página 47

07 - ALGÉS - Festa do Bandarilheiro Luciano Moreira - 8 touros pertencentes ao Sr. J. J. dos Santos Segurado - Cavaleiros: Manoel Soares Castello e Joaquim Amado de Aguilar - Bandarilheiros: Luciano Moreira, Alfredo dos Santos, António Carvalho, José Segarra, António Dias, António Marques, José Garcia (Cordobés) e o praticante Luciano Moreira Júnior - Forcados: um grupo capitaneado por António Pilé - Direção de António Gonçalves.

Página 49

14 - SOUZEL - 8 touros do Sr. Francisco da Silva Victorino - Cavaleiro: Manoel Soares Castello - Bandarilheiros: Luciano Moreira, Joaquim do Carmo, José Segarra, António Dias, e os praticantes Luciano Moreira Júnior e José Fernandes - Forcados: um grupo tendo por cabo António Pilé - Direção de Jorge Cadete.

Página 51

21 - VIANA DO CASTELO - 8 touros do Sr. Francisco da Silva Victorino - Cavaleiros: Simão da Viega Júnior e Manoel Soares Castello - Espada: o matador de novilhos Manoel Garcia - Bandarilheiros: Luciano Moreira, Alfredo dos Santos, António Carvalho, Pedro Gorjão, António Marques e o praticante Luciano Moreira Júnior - Forcados: um grupo chefiado por António dos Santos (Pé de Cherim) - Direção de Leopoldo Alves.

Relativamente a temporada de 1932, encontramos na página 173:

Manoel Soares Castello necessita de conviver mais com os grandes públicos, com os públicos entendidos, que castigam às vezes, mas que fazem artistas. A escola da província para o toureiro é a pior das escolas. E isso, Soares Castello deve já ter compreendido, se é que se lembrou alguma vez de fazer a comparação de uma com a outra, e da diferença dos dois públicos - o da província com o da capital. A exigência deste é o melhor dos incentivos. A sua atuação de Maio, no Campo Pequeno, pode ser contada como muito feliz.

No ano de 1932, Manoel Soares Castello fez as seguintes corridas:

Março - 20 e 27, Campo Pequeno.

Abril - 3, Campo Pequeno.

Maio -17, Matosinhos; 22, Campo Pequeno. Junho -13,15 e 19, Vila Real de Trás-os-Mon- tes.

Agosto - 7, Algés; 14, Souzel; 19 e 20, Viana do Castelo.

Total: 12 corridas.

No livro “Tourear e Farpear”do ano de 1933, podemos ler:

Página 30 e 31 - MAIS UM

Manoel Soares Castello é um cavaleiro muito comprido e muito triste. Lembra um cipreste transportado em cima de um cavalo. Tomou a alternativa e tomou-a muito bem, porque nos tempos que vão correndo convém tomar alguma coisa, mesmo para ver se a gente se alegra um bocadinho.

É cavaleiro para praças de província, onde fará boa figura. E tem uma grande qualidade: é que possui um riquíssimo cavalo, um cavalo verdadeiramente toureiro, e ainda o não estragou.

Prova isto que o modesto e simpático rapaz, pelo facto de não ser aquele que hà-de destronar o Núncio ou o Simão, nem por isso deixa de possuir certos merecimentos.

Está, todavia, verde. Mas como possui um cavalo que sabe tourear, que mede sozinho os terrenos e que sozinho se atira a cabeça dos toiros, não lhe falta, felizmente, com quem possa aprender.

Página 81 - “CANÁRIO” - N.°16

Mais palmas, muitas mais palmas, deram a Soares Castello por farpear o 3o toiro, que era, como todos os outros, de Emílio e José Infante da Câmara, mas da antiga ganadaria da casa.

Que fez Castello neste toiro? Custa-me dizê-lo, porque tomara eu poder elogiar este rapaz, mas a verdade é que o cavaleiro de Rio de Moinhos deu-lhe uma lide indigna da sua bravura excecional.

“Canário” n.°16, preto de azeviche, pequeno de corpo e com um corno partido nessa manhã, saiu o ano passado para Domingo Ortega e voltou no domingo ao Campo Pequeno com a mesma excecional bravura, e, apesar de corrido, sem nenhum dos defeitos dos toiros corridos. Foi uma das tais exceções a que há pouco me referi.

Soares Castello nunca lhe mostrou o cavalo e não fez outra coisa que farpeá-lo à meia volta e mesmo assim voltando a cara para o lado no momento de cravar.

Teve a sorte de acertar em bom sítio e por isso lhe deram uma ovação enorme. Em compensação, ao toiro, àquele toiro de bravura excecional, ninguém deu uma palma!

Este toiro não foi toureado: foi farpeado.

De resto - e digo isto em abono do modesto lidador - poucos seriam aqueles que o pudessem tourear.

Toureou-o Ortega o ano passado, porque Ortega aguenta os toiros de uma maneira bárbara e tem um valor incomensurável.

A um artista da categoria de Soares Castello a pior coisa que pode acontecer é sair-lhe um toiro bravo, como este. Ou lhe espeta ferros à meia volta ou não pode com ele.

Por isso eu disse há pouco que farpear é uma coisa e tourear é outra.

No livro “A Praça de Toiros do Campo Pequeno”, do ano de 1992, podemos ler na página 501:

Manoel Soares Castello: Cavaleiro profissional nascido em Rio de Moinhos, Abrantes, a 27 de dezembro de 1899.

Em 1928 apresentou-se como amador.

Recebeu a alternativa das mãos de Elmino Ricardo Teixeira na tarde de 27 de março de 1932.

Cedeu-lhe um toiro da ganadaria de Norberto Pedroso.

Teve uma carreira curta e com pouco significado, sendo, no entanto, muito popular nas praças da província.

Na década de quarenta foi empresário da Praça de Toiros de Tomar. Atuou numa corrida realizada naquela praça a 1 de setembro de 1946.

No livro “Um século de Toureio Equestre em Portugal”, podemos ler na página 55:

Manoel Soares Castello nasce em Rio de Moinhos, Abrantes, no dia 27 de dezembro de 1899.

Apresenta-se em público, toureando pela primeira vez como cavaleiro, na temporada de 1928.

Opta pelo profissionalismo, tomando a sua alternativa, no dia 27 de março de 1932, na Praça de Toiros do Campo Pequeno, sendo seu padrinho o veteraníssimo cavaleiro, Elmino Ricardo Teixeira.

Tem uma carreira curta e com pouco significado, no entanto torna-se bastante popular, nas praças de província, em que toureia.

BIBLIOGRAFIA

ABREU, Carlos - Touros e Toureiros em Portugal, Lisboa, 1931.

ABREU, Carlos - Touros e Toureiros em Portugal, Lisboa, 1932.

BULHOSA, Manuel Vasques - Um século de Toureio Equestre em Portugal.

COSTA, D. Bernardo da - Tourear e Farpear, Lisboa, 1933.

MORAIS, António Manuel - A Praça de Toiros do Campo Pequeno, 1992.

 

 

NOTA

Este artigo teve a colaboração do Sr. Joaquim Trancas de Oliveira Lucas (Golegã) e do Sr. João Mota (Vila de Cano).

IN: ANDRÉ, Rui – Manoel Soares Castello - cavaleiro de alternativa. Zahara. Abrantes: Centro de Estudos de História Local. ISSN 1645-6149. Ano 11. Nº 21 (2013), p. 48-53