Carlos Reis

Carlos Reis
Carlos António Rodrigues dos Reis, pintor e professor, nasceu em Torres Novas, a vinte e um de fevereiro de 1863. Notabilizou-se como pintor naturalista, expondo paisagens, imagens do quotidiano e retratos, com grandes coloridos e luminosidade.
Em 1881, matriculou-se na Escola de Belas Artes de Lisboa onde teve Silva Porto por mestre. Depois, concluído o curso, seguiu para França para a Escola de Belas Artes de Paris e ateliers de mestres consagrados. De regresso a Portugal, em 1895, concorreu com êxito à cadeira de Paisagem da escola onde estudara, iniciando longa e devotada carreira docente.
Foi diretor do Museu de Arte Antiga em 1905 e primeiro diretor do Museu de Arte Contemporânea (1911-1914), integrou o grupo Ar Livre, formado em 1910, foi ainda, dirigente do Grémio Artístico, da Sociedade Nacional de Belas Artes e membro da Academia de Belas Artes de Lisboa.
Carlos Reis foi um pintor que captou com mestria a vida popular portuguesa nas suas canseiras do dia a dia, nas suas bodas e festas. E teve uma especial predileção pelo branco, em que deixava embeber a sua sensibilidade e requintar a sua arte.
É vasta a sua obra: A Talha Vidrada; As Moleiras; As Engomadeiras; O Mercado de Louças; A Feira; O Gaiteiro de Troia; A Merenda; Uma Saúde aos Noivos; O Baptizado; Primeira Comunhão; Asas, são quadros que merecem os mais rasgados elogios da crítica. E alguns destes e outros mais podem ser admirados no Museu Municipal de Torres Novas, que tem o Mestre por patrono. Curiosamente dois quadros foram oferecidos pelo próprio Carlos Reis quando da inauguração do Museu Municipal em 1937. Uma das pinturas é o retrato do fundador do museu, Gustavo Pinto Lopes, amigo de infância de Carlos Reis. Foi pintor do rei D. Carlos I.
Carlos Reis morreu em Coimbra, a vinte e um de agosto de 1940, no mesmo ano em que o Governo Português lhe concedia a grã-Cruz da Ordem de Santiago. Recebeu também a Medalha de Ouro em Dresda, na Alemanha (1907), e o Grand Prix no Rio de Janeiro (1919 e 1922). A Sociedade Nacional de Belas Artes conferiu-lhe a Medalha de Honra em Pintura.
BICHO, Joaquim Rodrigues, Toponímia da cidade de Torres Novas, Torres Novas, Câmara Municipal de Torres Novas, 1993
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Constituição Heráldica das Armas do Município de Mação
Constituição Heráldica das Armas do Município de Mação
O Brasão é vermelho com uma ovelha ao centro. Em chefe, um cacho de uvas folhado e acompanhado por duas abelhas, tudo em ouro. Orla de prata cortada por fachas onduladas de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Bandeira amarela com listel branco com letras pretas. Cordões e borla de ouro. Lança e haste douradas.
Perante as leis de heráldica eis o significado:
Mação serviu de Quartel General das tropas de Lippe em 1762, que terminaram com a invasão. Sendo assim o campo de escudo, vermelho, pois este esmalte significa vitórias, ardis e guerras. A vida económica de Mação consistiu durante centúrias, na indústria de tecelagem de lãs, fabricação de curtumes e exportação de gados. Com uma só peça heráldica, uma ovelha - poderá significar-se estas indústrias. O vinho e o mel, enfim a agricultura, é também uma das riquezas locais: portanto com uvas e abelhas fica simbolizada a riqueza agrícola em todos os seus aspetos. Como o que dá origem a tudo isto, às condições de riqueza na indústria e na agricultura de Mação é a quantidade de água que passa e rega a farta região, o Tejo: o ribeiro de Mação, as ribeiras de Eiras, de Coadouro e ainda outras de menor importância, ficam estas heraldicamente representadas por faixas onduladas de azul e prata.
Fonte: CIK/CMM
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Central do Caldeirão - Torres Novas
A Central do Caldeirão foi responsável pelo processo de produção e distribuição da iluminação pública de Torres Novas.
Na sua fase inicial, 1923-1932, este processo foi protagonizado por José Manuel Ferreira [Júnior] [1874-1948], natural do concelho de Famalicão, que negociou e adquiriu as primeiras turbinas.
Numa segunda fase, 1933-1953, a empresa constituiu-se como sociedade por cotas e passou a designar-se Empresa Industrial de Electricidade do Almonda EIEA, ganhando aconcessão de fornecimento de energia elétrica no concelho de Torres Novas. Durante este período, foi inaugurado o novo edifício da central [1940], pelo arquiteto António Rodrigues da Silva Júnior, tendo a gestão ficado a cargo da família Tavares.
Finalmente, entre 1954-1984, foi renovada a concessão do fornecomento de energia elétrica por mais de três décadas e, durante esse períodoa empressa passou por vários reajustes e, após o 25 de abril de 1974, por um processo de nacionalização negociado com a EDP. A este processo não foi alheio o Município de Torres Novasque, impulsionado pelo papel ativo da Associação de Defesa do Património de Torres Novas, manteve o interesse de conservar e valorizar o património museológico industrial desta unidade de produção que marcou várias gerações de operários e que foi importantíssima para o desenvolvimento de torres Novas durante o século XX.
A Central do Caldeirão - NúcleoMuseológico é fruto da recuperação da antiga Central Hidroelétrica, responsável pela produção e distribuição de energia elétrica, em Torres Novas, desde as primeiras décadas do século XX. Este núcleo é uma aposta do Município na valorização do património industrial local.
A coleção de arqueologia industrial original foi intervencionada e recuperada "in situ", e pretende-se que constitua um repositório de memórias da vila operária de Torres Novas.
Para este trabalho, contou-se com os testemunhos dos antigos funcionários da Central.
A Central do Caldeirão - Núcleo Museológico pode ser visitada em modalidade de visita livre ou guiada.
Horários e visitas:
De abril a setembro: de terça a domingo das 10:00 às 13:00 e das 14:00 às 18:00 horas
De outubro a março: de terça a domingo das 09:00 às 13:00 e das 14:00 às 17:00 horas
Visitas: grupo máx. de 30 pessoas
Visitas guiadas - marcação prévia
Contatos:
249 812 535
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Escritor Acácio de Paiva
ACÁCIO DE PAIVA nasceu em Leiria, no Largo da Sé, a 14 de abril de 1863 e faleceu na sua Casa das Conchas, no Olival, do Concelho de Ourém, a 29 de novembro de 1944.
Filho de José de Paiva e Leopoldina Amélia Carolina Teles, iniciou a sua formação académica no liceu de Leiria, terminando em Coimbra, os seus estudos secundários.
Licenciou-se em Farmácia na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, em 1887.
Poeta, prosador e jornalista, colaborou em vários jornais, revistas e outras publicações, nomeadamente “O Século”, “Diário de Notícias”, “O Mensageiro”, “Ilustração Portuguesa”, entre outros.
Para além da sua intensa atividade poética (tendo publicado centenas de poemas com o pseudónimo Belmiro), também produziu várias peças de teatro, algumas delas em colaboração com outros grandes vultos intelectuais da sua época.

Obras disponíveis na Biblioteca Municipal de Ourém:
PAIVA, Acácio de - Acácio de Paiva : um crésus perdulário. Leiria : Comissão Regional de Turismo,, 1968 . 127 p.
PAIVA, Acácio de - Fábulas e historietas. [Porto] : Trinta por uma linha, 2015. 175 p. ISBN 978-989-8582-29-4
PAIVA, Acácio de - Fábulas e historietas. Lisboa : Tip. da Emprêsa Nacional de Publicidade, 1929 . 227 p.
PAIVA, Acácio de - Poemas. Leiria : Câmara Municipal, 1988. 493 p.
Mais informação em:
Arquivo Distrital de Leiria - https://digitarq.adlra.arquivos.pt/details?id=1035380
Município de Leiria - https://www.cm-leiria.pt/pages/375
Tinta Fresca ponto net - http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=623013c0-302f-4050-9d4a-542aa49a1674&edition=155
Biblioteca Nacional de Portugal - http://bibliografia.bnportugal.pt/bnp/bnp.exe/pr
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Casa das irmãs Sigeias
Na rua José de Vasconcelos Correia, em casa com fachadas para esta artéria e para a Rua Miguel de Arnide, viveram as Irmãs Sigeias, Luísa e Ângela.
Pai de ambas, Diogo de Sigeu, era fidalgo francês de nascimento e notável humanista e terá vindo para a corte portuguesa por volta de 1542. Mais tarde, cerca de 1555, retirou-se com suas filhas para Torres Novas, onde viria a falecer, tendo sido sepultado na Igreja do Carmo.
Luísa Sigeia notabilizou-se como humanista, tendo sido figura de destaque na corte da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I. Foi igualmente reconhecida em toda a Europa. Da sua obra destacam-se “Dialogas de differentia vitae urbanae et rusticae e o poemeto Sintra”, remetido ao Papa Paulo III, acompanhado da memorável carta de 1546 redigida em latim, grego, hebraico, siríaco e árabe.
Em 1557 casou em Torres Novas com um fidalgo espanhol e passou depois a residir em Burgos. Morreu a 13 de outubro de 1560.
A mais nova das duas, Ângela, notabilizou-se, tal como a sua irmã, no mundo das artes, como escritora e música. Viveu na corte, onde a infanta D. Maria a tomou como aia. Já em Torres Novas, Ângela veio a casar com o fidalgo torrejano D. Antão Mogo de Melo Carrilho, de quem teve dez filhos. Faleceu em Torres Novas, a 15 de junho de 1608, e foi sepultada na capela do Senhor Jesus dos Lavradores, na igreja de Santiago.
A casa onde viveram as irmãs Sigeias albergou um pequeno teatro, que animava a vida cultural de Torres Novas no início do séc. XX.
in Torres Novas : memórias da história. - Torres Novas: Câmara Municipal de Torres Novas, 2000
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