Em junho iniciou-se o projeto de Arte Urbana, o Mural dos Poetas, uma intervenção artística da autoria de Massimo Esposito, situada na Estrada Nacional 3, no muro em frente à Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill. Com cerca de 53 metros de comprimento e 3 de altura, este mural foi intervencionado durante aproximadamente 70 horas, recorrendo a tintas acrílicas aquosas de várias cores e sprays adequados para 3D.
Da responsabilidade do município de Constância, esta intervenção artística realizada em parceria com o Agrupamento de Escolas de Constância, pretende ser um tributo a três dos grandes poetas, que, entre outros, passaram por Constância: Alexandre O´Neill, Luís de Camões e Vasco de Lima Couto.
A inauguração deste novo espaço cultural está marcado para o dia 14 de setembro, pelas 10h30, na Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill.
Um Mundo Utópico com figuras em aço e ferro e cheias de imaginação e criatividade.
LUÍS RODRIGUES, nasceu em Lisboa no ano de 1973, atualmente reside em Gavião, no Alto Alentejo, é Funcionário Público na Câmara Municipal e escultor autodidata.
Da inquietude pessoal e natural em criar coisas, depois de várias experiências com materiais diversos de entre a madeira, a pedra e o ferro, foi no metal que encontrou a melhor forma de expressar o seu projeto artístico. Fortemente influenciado pela arte fantástica e fantasmagórica onde misticismo, visões e sonhos se entrelaçam, surgem as primeiras obras insertas nesta coleção Quimera.
AEON – O barão, viajante no tempo, dono do seu domínio, viaja entre dimensões e tempos paralelos, vive na tentativa de mapear o rasto da quimera favor dos seus desígnios, mantém o sonho de controlar a rotas comerciais na formação do Império Sealonyano.
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BELLATOR – Mercenário a soldo, viajante entre mundos,
filho da guerra, não reconhece fidelidade a estados, mundos ou nações,
o cheiro da quimera guia o seu destino.
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BERSERKER – Do clã Wolfskins, guerreiro pagão sem medo, seguidor do Culto do Urso,
perde facilmente a sanidade durante a batalha, fiel aos rituais e alquimia dos antigos xamãs.
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DRYAD – Ninfa das Florestas, protetora das árvores,
profeta do oráculo junto com os druidas,
faz da floresta um lugar místico cheio de sons ventosos e névoas
de uma estranheza obscura e magnética para os demais seres que ali circundam.
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FAUNO – Aquele que fala com as árvores, protetor da floresta,
semideus, discípulo dos antigos Druidas Professores do Oráculo,
prefere os bosques de carvalhos que reparte com as Dríades
suas eternas companheiras de dança sob a luz da fogueira eterna.
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GAIUS – Antigo pretoriano, após a sua morte integrou o exército dos mortos,
a arte da guerra e a sua astucia política fizeram dele um excelente aliado na luta
pelo controle da Quimera, almeja o poder e controlo.
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Quimera | quimera | nf |qui me ra Ié|
(grego Khímaira, -as, Quimera, ser mitológico, de khímaira, -as, cabra jovem), substantivo feminino
1. [Mitologia] Ser mitológico geralmente representado com um corpo híbrido entre leão, cabra e serpente ou dragão.
3. Conjunto heterogêneo que resulta da combinação de elementos diferentes.
"quimera", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, [consultado em 09-09-2022].
HÉSTIA - Divina, feiticeira, filha de Deuses e Homens, une os dois mundos,
do mundo das divindades herdou o controlo do fogo, do mundo terreno a
riqueza dos ancestrais czares, perigosa e bela, seduz Deuses e Homens.
[c:46 a:112 p:27.5]30
IBÉRIUS – O Poeta, fruto de experiências laboratoriais com ADN humano e animais,
vive uma vida boémia entre o inconformismo e a tentativa de integração numa sociedade
subjugada pelo poder dos detentores da Quimera, é duramente perseguido pelo sistema
do qual fala nos seus poemas ainda assim gozando der alguma impunidade pelo facto de fazer parte da fidalguia.
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PLAGUE DR. – Este é um sinistro médico a soldo, curandeiro,
contador dos mortos, de aspeto bizarro, usa a sua máscara para
poder deambular entre o caos da peste e as sua vítimas, causador de terror
entre as almas que se entrecruzam no seu caminho e que o ligam à bruxaria e ao culto do demo.
[c:50 a:82.5 p:31]35
MORGANA – E no fim dos tempos chegaram, não sei se eram anjos ou demónios,
os antigos chamavam-lhe Ooparts, coisas fora de contexto, mas vieram para ficar.
A primeira a chegar chamava-se Morgana, filha das terras de Avalon, com os seus anéis
controlava os portais entre os elementos Terra e Água. Foi o início de uma nova era…
[c:35 a:62 p:37 ]12 | COLEÇÃO: OOPARTS
ARCANO – Mantém a busca incessante do sentido da vida e da morte,
para o ARCANO o verdadeiro sentido da vida é a morte só a morte dá seguimento á vida,
são indissociáveis, ele teta manter a ligação entre os dois estados vida e morte.
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JOKER - O jogador, de carácter folião e astuto faz do submundo do jogo um lar, ali onde fortuna e azar se digladiam numa farra agridoce qual circo da vida, proscrito para uns bajulado por outros é temido nos antros do vicio. Num carrocel de cartas e dados lançados muitas vezes em jogos de vida e morte a Quimera representa o mais alto troféu das apostas dignas de versar na divina comédia de Dante. Perder não é opção.
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A coleção QUIMERA que agora apresento, é apenas a porta de entrada num desconhecido mundo onde personagens futurísticas se masterizam num universo surreal de sonhos, encontros e desencontros, num tempo e num espaço inabituais.
Surgem peças únicas, em forma de bustos feitos de chapa de metal, forjada e soldada, onde o martelo dá vida a esculturas de aspeto orgânico, mas com formas subtis de volume e curvas de morfologia estranhamente reais.
A escala real das obras pretende transportar as mesmas para a realidade pessoal de cada um, despertando a curiosidade: “de quem se tratará?”, “de onde virá?” e para “onde irá?”.
O misticismo está inerente à curiosidade humana para tentar entender tudo em relação a algo que se pode integrar em mundos reais e imaginários, em realidades paralelas na fantasia de pensamento e do universo de cada um."
A Biblioteca Municipal José Cardoso Pires surge no seguimento da celebração de um contrato-programa entre o IPLB (substituído pela DGLB) e a Câmara Municipal de Vila de Rei.
Inaugurada em 26 de Outubro de 2008, por sua excelência o Sr. Presidente da República Portuguesa, Professor Aníbal Cavaco Silva, é uma instituição multifacetada, pretendendo dar cumprimento aos objectivos do Manifesto da Unesco para as Bibliotecas Públicas, nomeadamente: a disponibilização de novos suporte, o empréstimo domiciliário e o acesso a novas tecnologias de informação, implementando e prosseguindo uma política de abertura à sociedade e democratização da cultura. Além disso, é também um repositório da memória histórica do concelho de Vila de Rei, em particular, e da Beira Baixa em geral, tendo à sua guarda uma diversidade de documentação que deu entrada nas suas instalações quer por via das incorporações legais a que está sujeita, quer por aquisição, depósito ou oferta de conjuntos documentais de particulares.
O edifício dispõe de duas salas de leitura, um pequeno auditório com capacidade para cerca de 60 lugares sentados, uma área de exposições temporárias e a Sala José Cardoso Pires, que contém todo o espólio doado pela família do escritor ao Município de Vila de Rei (biblioteca pessoal, prémios e também todas as edições das obras do escritor natural deste concelho).
Na sala de leitura de adultos encontra-se ainda o Centro de Estudos Padre João Maia, S.J. de onde constam muitos dos títulos assinados pelo sacerdote jesuíta natural do Monte Novo (localidade na freguesia de Fundada, concelho de Vila de Rei), bem como outras obras gentilmente cedidas pela Companhia de Jesus, relativas não só à sua própria história, mas também à de Portugal, incluindo outras monografias de interesse cívico e cultural.
Este equipamento cultural, fazendo parte da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas, pretende oferecer um serviço de leitura pública a toda a população, independentemente da sua idade, profissão, nível educativo ou socioeconómico ou local onde resida, bem como cumprir as missões da Biblioteca Pública (Manifesto da UNESCO sobre Bibliotecas Públicas).
O programa “Rede Nacional de Bibliotecas Públicas” teve como prática inicial uma orientação pela ideia de que é necessário “diminuir as barreiras e as distâncias existentes entre grandes e pequenos centros” (…) pois alguém num pequeno centro “poderá ter as mesmas exigências, gostos e contingências que uma pessoa num grande centro urbano”. Por outro lado, o facto de aceitarmos a existência de um utilizador universal – sem estereótipos ou paradigmas – promove a valorização e aceitação da diversidade dos povos na senda dos valores sociais e democráticos de um estado de direito.
Para além da promoção das condições de igualdade no acesso à informação, às ideias e aos produtos da criação humana geral, um espaço cultural como a Biblioteca Municipal José Cardoso Pires no concelho de Vila de Rei, comporta um impacto social de um serviço ao nível educacional. Comporta igualmente um impacto na leitura e literacia pela disponibilização gratuita de informação em diferentes formas e suportes. Por outro lado ainda, a médio prazo, assumirá um papel educacional e económico para o concelho na medida em que potencia o conhecimento sendo essa uma arma para o progresso económico.
Na senda e apanágio de um estado democrático, fomenta-se a formação para a promoção de uma sociedade civil com maior intervenção.
Com uma média superior a seiscentos utilizadores por mês, a BM. JCP tem desenvolvido actividades lúdicas e educativas na senda da pretensão de contribuir para uma política de criação de novos públicos leitores e de combate à iliteracia, infoexclusão e aos baixos índices de conhecimento e leitura.
Nasceu em Santiago de Montalegre em 29 de novembro de 1949. Estudou no Liceu Nacional e licenciou-se na Escola Superior Agrária, como Regente Agrícola. Laborou na antiga Caixa de Providência e no Ministério da Agricultura, de onde se aposentou em 2006.
O artista plástico, que trabalhava em pintura, escultura, serigrafia, gravura e azulejo, foi um frequentador assíduo das carrinhas itinerantes da Fundação Gulbenkian.
Por volta de 1974 começou a “pintar a sério”, tendo-se matriculado, em 1989, na Escola Nacional de Belas Artes, tirando cursos noturnos de Pintura, Desenho e História de Arte. Expôs os seus trabalhos no Centro Cultural Gil Vicente (Sardoal), em 2007.
Faleceu a 8 de outubro de 2018, em Santarém, onde residia, com 69 anos de idade.